Rui Rio: a revisão da lei laboral é “o anel de noivado que António Costa dá ao PCP” para segurar o poder

7 de junho de 2021
PSD Governo autarquicas2021 Guarda Interior empresas Economia

Rui Rio diz que António Costa está a usar a revisão da lei laboral como um “anel de noivado” que quer dar ao PCP para manter a maioria e, assim, “segurar o poder”. “A revisão da lei laboral é uma espécie do anel de noivado que António Costa quer dar ao Partido Comunista, como quem diz, ‘tens aqui este anel, se agora me votares o orçamento'. Isto é absolutamente claro. Não é que interesse ao país, interessa ao Governo para conseguir uma maioria, que lhe tem estado a fugir junto do Bloco de Esquerda”, afirmou na Guarda, esta sexta-feira. 

Rui Rio acusa António Costa de estar a fazer “tudo o que está ao seu alcance para segurar o poder”, deixando o país para segundo lugar, e adotando uma estratégia de verdadeira propaganda. “O mais importante é segurar o poder, o país fica em segundo lugar”, acusou.

Rui Rio critica o Governo por procurar disfarçar “erros acumulados” com “propaganda”, e deu o exemplo do recente anúncio relativo à habitação condigna para os portugueses. “Todos temos consciência que esses erros o Governo tem disfarçado com propaganda. A última – mas eu penso que os portugueses já não comem isto com grande facilidade – mas a última é o primeiro-ministro ter vindo dizer que em 2024 todos os portugueses vão passar a ter uma casa decente”, apontou.

Rui Rio, que falava durante a apresentação dos 14 candidatos social-democratas ao distrito da Guarda, reafirmou a importância das autárquicas no panorama nacional e considerou que são uma oportunidade para os portugueses mostrarem um “cartão” de descontentamento ao Governo.

Destacou ainda que o objetivo do PSD é continuar a liderar a capital de distrito e mostrou confiança absoluta em Carlos Chaves Monteiro. “Temos aqui o homem certo, que tem o apoio da distrital, que tem o apoio da nacional e que tem o apoio dos militantes e que vai ter, seguramente, o apoio de todos os habitantes da Guarda”, frisou. 

Em nome dos candidatos dos 14 concelhos, Carlos Chaves Monteiro garantiu o empenho de todos para contribuírem para tornar o território mais “desenvolvido e mais competitivo” e salientou que o PSD tem “o melhor grupo de combate” para esse desafio nos concelhos do distrito.
 

Enaltecer o valor das empresas sediadas no interior 
Durante tarde, numa visita às empresas Coficab e JSC Berries, Rui Rio elogiou as indústrias que, no interior, contrariam todas as dificuldades e são exemplos de sucesso. “Uma vez que organizamos o conselho nacional na Guarda, já agora, fazemos algumas visitas ao distrito e tomamos nota daquilo que são as dificuldades do distrito e os êxitos, que foi aquilo que também visitámos hoje”, referiu.

A Coficab é de origem tunisina e chegou à cidade da Guarda, em 1993 e, em 2020, abriu uma nova estrutura com a contratação de mais de 100 colaboradores e, até ao final deste ano, conta ter 295, dos atuais 237. A empresa dedica-se aos componentes elétricos automóveis e tem na Guarda um dos três centros de investigação que o grupo tem no mundo e, segundo o vídeo de apresentação, “90% dos produtos feitos peço grupo foram desenvolvidos em Portugal”, na cidade da Guarda.

Por sua vez, a JSC Berries é uma empresa que nasceu em 2016 e dedica-se à produção de mirtilos. Desde o início até agora já investiu dois milhões de euros e estima, este ano, uma apanha de 100 toneladas, na sua maioria para exportar para a Holanda, e uma pequena parte para o Reino Unido. A empresa que tem a sua maior capacidade de trabalho entre os finais de junho e início de setembro, para toda a campanha de apanha do mirtilo, chega a ter, neste hiato de tempo, 100 colaboradores, entre locais e estrangeiros.