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Rui Rio anunciou que o PSD vai apresentar durante a próxima semana o seu projeto de reforma do sistema eleitoral. “Já se apresentou a proposta de revisão constitucional. Para a semana, apresentamos a proposta de revisão do sistema eleitoral – não é o sistema político, é uma parte do sistema político, a parte do sistema eleitoral”, revelou.
O Presidente do PSD, que discursava num almoço-debate do International Club of Portugal, esta quinta-feira, reafirmou que o PSD vai bater-se pelas suas propostas, mesmo que o PS, liderado por António Costa, e “apoiado pelo BE e pelo PCP”, possa manter-se pouco aberto para encontrar soluções de revitalização do regime.
Rui Rio lamenta que o PS seja “o expoente máximo do conservadorismo” que impede reformas de aperfeiçoamento da democracia: “Com um bocado de jeito, o PS é ele próprio o sistema e, portanto, não quer mudar”.
E apontou como exemplo a nomeação, entretanto suspensa, de Vítor Fernandes para presidir ao Banco de Fomento. “A preocupação do PS é colocar as suas pedras, é alimentar esse clientelismo”, criticou.
Rui Rio salienta que “não há outra saída” para se conseguir rever a Constituição, fazer reformas no sistema político ou na justiça se não procurar entendimentos com os socialistas. “Por que é que eu insisto em procurar reformas quando o parceiro das reformas demonstrou que não as quer fazer? Primeiro, acima de tudo, porque Portugal precisa. O PS pode não querer uma vez, duas vezes, três vezes. Não faço nenhuma revisão constitucional sem o PS. Isto é aritmético: precisamos de 67% dos votos na Assembleia da República, temos com o PS 81%. Só com o PS é possível”, argumentou.
De acordo com Rui Rio, com as propostas do PSD que estão em cima da mesa, talvez “o país perceba, penalize quem não o quer fazer e, no limite, obrigue quem não o quer fazer a fazer”.