Rui Rio: Governo “cometeu erros”, agora deve ter “coragem e firmeza” para travar o crescimento da pandemia

29 de junho de 2021
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Rui Rio reafirma que o Governo cometeu erros na gestão da pandemia, designadamente nos festejos e eventos no futebol, em Lisboa e no Porto. 

O Presidente do PSD concorda com a inclusão do Reino Unido na lista de países sujeitos a quarentena para entrar em Portugal Continental e defendeu “coragem e firmeza” para tomar as medidas que se impõem. “A posição do Governo português na altura do futebol e do caso concreto da Liga dos Campeões acho mal, a resposta do Governo português quando faz com o Reino Unido o mesmo que o Reino Unido nos está a fazer a nós, acho bem. Bem pelo contrário, foram eles que vieram para cá trazer aquilo que é o nosso mal agora”, afirmou Rui Rio, após a apresentação das 14 candidaturas autárquicas do distrito de Vila Real.  

Rui Rio entende que “não hesitaria em tomar as medidas necessárias para travar este crescimento da pandemia”, até porque as vacinas não são tão eficazes no combate às novas variantes.   

Quanto à situação do Algarve, onde foram também suspensas as aulas presenciais, Rui Rio disse que “obviamente que é preocupante”. “Mas no Algarve eu acho que nós temos de fazer ali uma pequena afinação. Eu não disponho dos dados técnicos de que dispõe o Governo, mas há aqui uma característica muito própria do Algarve que é que tem uma dada população residente, mas depois, nos meses de verão, a população aumenta imenso”, sublinhou. 

E continuou: “Eu não sei também se estão a usar o denominador correto, ou seja, se estamos a medir por um determinado número de habitantes, quando neste momento no Algarve está lá muito mais gente e, portanto, os números podem não ser assim tão maus quanto aparentam porque o denominador do rácio tem que ser visto com esse cuidado”.
 

António Costa é “o primeiro responsável” pelas “falhas” do ministro Eduardo Cabrita 

O líder do PSD considera que é um “elemento vital” para “apurar responsabilidade” a informação sobre a velocidade a que seguia o automóvel do ministro da Administração Interna no momento do atropelamento mortal de um trabalhador que fazia a manutenção da autoestrada A6, no Alentejo. 

“Acompanho a situação pelas notícias. Acho que há aqui um dado muito relevante que falta saber que é a velocidade a que ia o automóvel. Se o automóvel ia a uma velocidade normal na autoestrada então é uma coisa, se vai a uma velocidade muito acima daquilo que é o normal então a responsabilidade poderá ser outra”, afirmou.

Rui Rio diz que António Costa é “o primeiro responsável” por aquilo que “vão sendo as falhas” do ministro Eduardo Cabrita, “porque não o quer mudar”. 

Rui Rio lembra que “as demissões dos ministros competem exclusivamente ao Primeiro-Ministro”. “O Primeiro-Ministro entendeu não demitir o ministro da Administração Interna, não é por este caso, já por muitos outros para trás, está no seu legítimo direito, o ministro é ministro por direito próprio, eu tenho é a dizer outra coisa um bocado diferente: tudo aquilo que vai acontecendo de mau sob a gestão do atual ministro da Administração Interna é da responsabilidade do Primeiro-Ministro. O Primeiro-Ministro insiste em dizer que tem excelente ministro da Administração interna. E, portanto, eu não tenho que pedir a demissão, isso é o Primeiro-Ministro que sabe, mas tenho que tirar a conclusão de que ele passa a ser o primeiro responsável por aquilo que vão sendo as falhas do ministro da Administração Interna, porque não o quer mudar. Está no seu direito, mas então tem de assumir a responsabilidade”, explicou.