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Em visita às áreas ardidas do incêndio em Castro Marim, esta segunda-feira, o Presidente do PSD considera que “houve erros graves no combate ao incêndio”.
“O que me disseram dos testemunhos que me deram é que houve erros. Contaram-me episódios que ninguém consegue entender, por exemplo, uma casa que ardeu toda, quando a meia dúzia de metros havia camiões-cisterna, mas não havia ordens para apagar o fogo. Houve uma notória falta de planeamento e de comando”, sublinhou.
Rui Rio lamenta a visão deturpada da secretária de Estado da Administração Interna sobre as consequências deste fogo. “A área que ardeu é brutal. Não sei se a secretária de Estado é irritantemente otimista, porque ardeu aquilo tudo e ficar contente, dizendo que ainda podia ter sido pior… Mas perante esta responsabilidade não se pode olhar com tanto otimismo, mas com preocupação, para se reagir”, disse.
Outro problema suscitado por Rui Rio é a escassez da água na região, recurso indispensável para a vida das pessoas como para a agricultura e para a atividade turística. “A escassez da água é também fundamental. Se queremos que as terras tenham pessoas, e a ausência das pessoas é que provoca a desproteção do território, então temos de ter propostas, que é, aliás, o que o PSD já tinha no seu programa eleitoral em 2019”, referiu.
Rui Rio apela ao Governo, em concertação com os autarcas, para que encontrem soluções pensadas para a falta de água e a gestão dos recursos hídricos. “O Algarve não é só praias e litoral. Sol aqui não falta, mas falta água”, precisou.
O incêndio que deflagrou em Castro Marim e se alargou aos concelhos de Tavira e de Vila Real de Santo António nos dias 16 e 17 agosto destruiu cerca de 9 mil hectares de floresta, incluindo habitações e um abrigo com dezenas de animais, ao longo de uma faixa de 15 quilómetros do litoral algarvio.