Rui Rio: “é modernizando o País que preparamos uma sociedade melhor”

16 de julho de 2020
PSD

O Presidente do PSD defende a realização de “reformas estruturais” para preparar o futuro das próximas gerações. “É justamente modernizando e adaptando o País e a economia, e fazendo as reformas estruturais que é necessário fazer, que preparamos uma sociedade melhor para os mais novos”, sublinhou Rui Rio, que recebeu esta quinta-feira, o Conselho Nacional de Juventude, na sede nacional do PSD, em Lisboa.

Rui Rio mostrou-se sensibilizado para as questões de saúde mental que atingem em especial os mais jovens, e exigem “uma atuação a montante” por parte do Estado.

Sobre o Orçamento Suplementar para 2020, Rui Rio reafirma que o documento, “como o nome indica”, visa “retificar aquilo que está”. Nesse sentido, explica Rui Rio, “com sentido de responsabilidade e de Estado, que vai faltando na política”, só se o “Orçamento tivesse uma monstruosidade” é que o PSD iria “privar Portugal de ter a resposta orçamental necessária no combate à pandemia”.

No que se refere ao Orçamento do Estado para 2021 e às negociações entre o Governo e os partidos da esquerda, Rui Rio assinala que “normalmente as posições que o BE e o PCP defendem estão nos antípodas” das propostas do PSD para o País.

A propósito da resposta da União Europeia à covid-19, Rui Rio declara que “a UE e Portugal já têm problemas que cheguem para pôr mais uma questão em cima das que já existem”, como acontece com o nível de democraticidade de outros estados. “Se estivermos a falar de fundos estruturais da União Europeia, os quadros comunitários de apoio, estamos a olhar para países que são membros da União Europeia e nesse sentido devemos avaliar o nível de democraticidade interna para pertencer à UE e por essa via receber os fundos estruturais”, apontou.

O Presidente do PSD lamenta que o caso BES continue sem um desfecho no plano judicial. “Fazer uma investigação a sério, seguramente. Ainda bem que há uma acusação, e que espero que esteja bem feita, seguramente. (…) É o maior crime de colarinho branco em Portugal. Passar impune era dramático. Se demorar anos e anos também não é a melhor forma, mas é melhor que nada”, disse.

Rui Rio ainda tem “esperança” de que possam ser feitas reformas na justiça e no sistema político. “Qualquer coisa que se pretenda mudar ou mexer substancialmente é um 31, porque os interesses instalados, seja na política ou fora dela, são uma coisa tremenda”, frisou.