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Este domingo, em Barcelos, na apresentação dos candidatos à câmara local, Rui Rio defendeu a redução, nos próximos dois anos, do IVA da restauração para os 6 por cento e desafia o Governo a concretizar esta medida, que não traz qualquer “revolução”, mas apenas visa ajudar um dos “setores que mais sofreram” com a pandemia de covid-19.
Para o Presidente do PSD, os partidos da esquerda, PS, PCP e Bloco de Esquerda, “escusam de ter medo” desta proposta, “socialmente” justa. “Quero ver agora qual é a sensibilidade que o PS, Bloco de Esquerda e PCP têm para uma proposta que é inócua. Escusam de ter medo, não muda o sistema. É só mesmo ser solidário com as pessoas”, referiu.
Rui Rio sublinhou que não defende o IVA de 6 por cento na restauração “para o infinito”, mas transitoriamente para os próximos dois anos, “que é mais ou menos o tempo em que os restaurantes estiveram em dificuldade” por causa da covid-19. “Eu não fiz nenhuma proposta daquelas estruturantes, de que o PS tem medo”, acentuou, considerando ser “de elementar” a redução temporária do IVA “para tantos e tantos e tantos restaurantes em Portugal que sofreram” com a crise pandémica.
Rui Rio critica o Primeiro-Ministro de ignorar todas as propostas do PSD, acusando António Costa de não ter vontade em mudar o país e de ser “avesso a qualquer reforma, a qualquer mudança séria”. “O PS é o principal obreiro do sistema em que vivemos, se não for o próprio sistema em vivemos”, apontou, para vincar que “o PS não quer mudar nada, apenas quer mudar para parecer que muda”.
Rui Rio lembra que o PSD apresentou propostas para “a edução, a justiça, a defesa nacional, a área social, a política de saúde, o combate à pandemia, a lei de bases do clima, o programa estratégico para a utilização dos fundos estruturais, uma reforma do sistema eleitoral, uma proposta de revisão da Constituição” e “a tudo isto, o PS diz que não há ideias”, porque “o PS não quer fazer rigorosamente nada”.
Rui Rio entende que Portugal “não pode continuar a ser governado desta maneira”, e a mudança “pode e deve começar” já nas autárquicas de 26 de setembro.
Nesta medida, as eleições locais são “tão ou mais importantes” que as legislativas e presidenciais, porque se trata de “eleger o povo para governar o povo”. “O PS não tem capacidade para dar a resposta adequada em cada momento”, sintetizou.