Rui Rio: Carlos Moedas representa “uma candidatura forte” para Lisboa

26 de fevereiro de 2021
PSD carlosmoedas autarquicas2021 Lisboa

O ex-comissário europeu para a Investigação, Inovação e Ciência Carlos Moedas vai ser o candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa. Numa declaração na sede nacional, Rui Rio anunciou a candidatura à capital do atual administrador da Gulbenkian. 

Rui Rio diz que Carlos Moedas representa “uma candidatura forte”, “a melhor solução” para recuperar a principal autarquia do país. “Nenhum partido é obrigado a ganhar nenhuma Câmara, nem sequer Lisboa, mas um partido com a dimensão do PSD é obrigado a apresentar aos cidadãos de Lisboa uma candidatura forte para poderem escolher. Desde o início, achei que a melhor solução que o PSD tinha para apresentar aos cidadãos de Lisboa era o engenheiro Carlos Moedas”, afirmou.

O Presidente do PSD comunicou previamente esta decisão ao líder do CDS-PP, havendo uma “vontade comum” que Carlos Moedas seja o candidato dos dois partidos à Câmara.

Rui Rio revelou ainda que nos próximos dias serão divulgados “mais candidatos às câmaras municipais”, estando a direção nacional e a comissão autárquica “a trabalhar profissionalmente nesta matéria”. 

No início da próxima semana, Carlos Moedas irá explicar as razões que o movem para abraçar esta candidatura. 

Perfil
De acordo com o perfil disponível no site da Fundação Calouste Gulbenkian, Carlos Moedas nasceu em Beja em 1970, tendo-se licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico no ano de 1993. O último ano de seu percurso universitário foi feito na École Nationale des Ponts et Chaussées de Paris (1993). Em 1998, foi para os Estados Unidos da América, onde ingressou na Universidade de Harvard e obteve um Master in Business Administration (1998/2000).
Iniciou carreira profissional no grupo Suez Lyonnaise des Eaux em França onde residiu cinco anos. Trabalhou vários anos na City, nomeadamente no banco de investimento Goldman Sachs. Em 2004, regressa a Portugal para chefiar a empresa Aguirre Newman onde foi também membro Comissão Executiva do Grupo em Espanha. Em 2008 criou a sua própria empresa de gestão de investimentos.  
Integrou a equipa do PSD que negociou o Orçamento do Estado de 2011 e foi um dos representantes do partido nos encontros com a delegação da União Europeia e do Fundo Monetário internacional, no âmbito do programa de ajustamento económico e financeiro. 
Em 2011, foi eleito deputado pelo círculo de Beja e tornou-se secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro do XIX Governo Constitucional com responsabilidade pela coordenação do Programa de Ajustamento.
Em 2014, foi nomeado pelo Primeiro-Ministro para membro da Comissão Europeia. Foi o Comissário Responsável pela Investigação, Inovação e Ciência gerindo um dos maiores programas de ciência e inovação do mundo (77 mil milhões de euros). Foi o arquiteto da proposta para um futuro programa “Horizonte Europa” de 100 mil milhões de euros. Foi o quinto membro da comissão europeia de nacionalidade portuguesa desde a entrada de Portugal em 1986 na então CEE.
É co-autor de várias publicações na área da Inovação e Ciência destacando-se o artigo “Open Innovation: Research, Practices and Policies” na prestigiada California Management Review co-assinado com o criador do conceito de Open Innovation Henry Chesbrough.
Em 2014, foi eleito o mais jovem membro da Academia de Engenharia de Portugal.  Recebeu em 2019 a medalha de Ouro da Ordem dos Engenheiros. É também membro honorário da Academia de Ciência Africana. Em 2016 recebeu um Doutoramento Honoris Causa em Direito pela Universidade de Cork na Irlanda e em 2018 o Doutoramento Honoris Causa da ESCP Europe (École Supérieure de Commerce de Paris).