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Na sequência da audiência que teve através de meios digitais com o Presidente da República, o líder do PSD considerou que Portugal se depara com “uma situação muito grave” na evolução da pandemia de covid-19. Rui Rio, que participou na sessão do Infarmed por videoconferência, defende que deveriam manter-se em ensino presencial os alunos até ao 6.º ano de escolaridade.
“O PSD vai, obviamente, continuar a apoiar o estado de emergência. Não há espaço para cálculos partidários. Só há espaço para os portugueses se unirem e combaterem este inimigo comum, que está a matar portugueses e está a matar a economia”, especificou.
Numa mensagem gravada, Rui Rio afirmou que “o país tem de tomar medidas e não pode continuar como até aqui, sob pena de multiplicarmos os infetados e, pior de tudo, os óbitos”.
Para o Presidente do PSD, a questão das aulas presenciais “é nevrálgica” no próximo estado de emergência e, recorrendo ao que ouviu na reunião do Infarmed, apontou que “os especialistas são unânimes em dizer que nas idades mais jovens não há problema”, situando este universo até às crianças de 12 anos, que cumprem até ao sexto ano de escolaridade, defendendo que deverão continuar em ensino presencial.
“Para mim, é evidente que o secundário não deve ter [aulas presenciais] e que o superior também não deve ter, só deve ter para exames, uma vez que estamos na transição de um semestre para outro, porque os exames têm de ser feitos, senão o caos ainda é maior”, explicou.
A “zona cinzenta”, considerou, situa-se entre o universo dos alunos do 7.º, 8.º e 9.º anos. “Do ponto de vista sanitário, tudo aconselharia a que esses também não tivessem aulas presenciais (…), parece-me que seria mais prudente que também não tivessem aulas presenciais agora durante o próximo estado de emergência”, ressalvou.
O Parlamento debate e vota esta quarta-feira o pedido de autorização de renovação do estado de emergência.