Ricardo Baptista Leite insiste na necessidade de se mudar “radicalmente de estratégia” de combate à pandemia. Numa reação às medidas apresentadas pelo Primeiro-Ministro, o social-democrata recordou que o PSD apresentou a 11 de novembro, “sem ter tido nenhuma resposta por parte do governo até à data”, um conjunto de medidas para responder à pandemia. “É preciso, de uma vez por todas, deixar a política de parte, olhar para a ciência e garantir que olhamos para os melhores exemplos de quem está a conseguir responder a esta pandemia para que o país possa dar o salto e ultrapassar este momento difícil”, declarou.
De acordo com o deputado, estamos na atual situação devido à falta de preparação do outono/inverno e devido a 4 meses sucessivos de meias medidas e de medidas restritivas parciais. Baptista Leite afirma que não vê o reconhecimento, por parte do executivo, de que o caminho trilhado até agora é errado. “Não vemos nenhum anúncio do que é que vai mudar a seguir, ou seja, depois de levantar as medidas restritivas que garantia é que governo nos dá que não voltam a subir os casos? Não podemos, depois deste esforço sem precedentes, que causa um sofrimento atroz, verificar uma nova subida de casos que obrigue a um novo confinamento por volta da Páscoa.”
Ricardo Baptista Leite reiterou ainda a posição já defendida pelo Presidente do PSD em relação às aulas presenciais. Para os sociais-democratas, o ensino a partir do 7º ano de escolaridade deveria funcionar em regime não presencial. “Não conseguimos compreender como é que mantém esse ensino aberto, ao mesmo tempo que se decide fechar um conjunto de outros setores”, frisou o parlamentar, alertando que ao tomarmos meias medidas “vamos arrastar situações de restrições e confinamentos”.