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Rui Rio admite a possibilidade de um adiamento das eleições autárquicas, questão colocada por algumas distritais e autarcas do PSD em consequência da pandemia de covid-19.
No final de uma reunião por videoconferência com o Presidente da República, esta quarta-feira, o Presidente do PSD revelou que será divulgada uma posição definitiva sobre o assunto “nos próximos dias”. “Nós obtivemos ontem [na reunião do Infarmed] alguns dados que não tínhamos antes, relativamente à perspetiva de vacinação, às projeções de evolução da doença face ao passado e, portanto, eu diria que é imperioso ter uma posição sobre isso e decidir rapidamente. O PSD não decidiu, mas decidiu outra coisa: rapidamente refletir sobre isso e ter uma posição, isso é imperativo”, declarou.
Acompanhado pelo vice-Presidente André Coelho Lima, Rui Rio admitiu que o confinamento se deverá manter até se atingir o número de infetados e risco de transmissão definidos por técnicos.
De qualquer forma, segundo Rui Rio, Portugal deve seguir “uma metodologia de gestão” e definir previamente os critérios com base nos quais o país poderá desconfinar ou o obrigam a voltar a confinar. “Continuar com o estado de emergência é indiscutível, definir os números em que se desconfina – número de infetados e valor do R [indicador que mede o nível de transmissão] – e preparar desde já a testagem em massa, diria eu, preferencialmente através da saliva, se tecnicamente for viável”, assinalou.
Rui Rio reiterou o voto favorável do PSD da renovação do estado de emergência, como fez sempre. “Votámos sempre a favor conscientes da gravidade situação em Portugal, não tinha qualquer lógica não o fazer agora”, salientou.
A título pessoal, Rui Rio elogiou a postura do epidemiologista Carmo Gomes, que saiu do painel de peritos do Infarmed. “Achei sempre as intervenções do Prof. Carmo Gomes das mais úteis que foram feitas. Acertou sempre nas projeções que fazia e até o fazia sempre com algum cuidado”, disse.
O líder do PSD saudou também a escolha de um militar, o vice-almirante Gouveia e Melo, para dirigir a “task force” da vacinação, opção que vai ao encontro da posição que o PSD defendia.
Rui Rio criticou ainda a atuação de “para-arranca” do Governo no combate à pandemia. “Ao longo de todo este tempo existiu uma ausência de determinação do Governo na gestão da pandemia”, sintetizou.