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O PSD agendou um debate de urgência, com a presença do Governo, para que o Parlamento e o país possam discutir e conhecer a situação económica e social atualmente vivida em Fátima, concelho de Ourém, e para que o Governo possa assumir medidas específicas para os trabalhadores e para as empresas.
Depois de terem visitado a Região, esta quinta-feira, e reunido com autarcas locais, com a Reitoria do Santuário e com empresários dos ramos da hotelaria, restauração e comércio, os sociais-democratas pretendem que o Governo, em sede de Orçamento do Estado, adote medidas específicas para a Região.
Na abertura do debate, João Moura recordou a especificidade do turismo da Região. “Fátima tem a disponibilidade de cerca de 10 mil camas em hotéis de 3 e 4 estrelas. Fátima oferece um total de perto de 20 mil camas de alojamento, em quase 300 estabelecimentos de hotelaria. Todas micro pequenas e medias empresas, pois os hotéis são detidos, na esmagadora maioria, por empresas familiares”.
Segundo o deputado, num ano normal, Fátima recebia 6 milhões de visitantes. “Destes, dormiram em Fátima 1 milhão de pessoas por ano, dos quais 70% foram cidadãos estrangeiros. Desde a covid-19, as quebras atingiram valores a rondar os 99%”, indicou o parlamentar.
Prova dessa quebra, recordou Isaura Morais, são as cerimónias do dia 13 de outubro que estavam limitadas a 6 mil visitantes, quando nos últimos anos o número de fiéis andava entre os 150 mil e os 250 mil. Para a social-democrata, são necessárias medidas de curto prazo, para mitigar de imediato os problemas do rendimento das famílias e da tesouraria das empresas, e medidas no longo prazo, para promover o relançamento daquela Região. Essas medidas, afirma a deputada, são cruciais para responder à “situação dramática” que a Região atravessa.
Com a Secretária de Estado do Turismo a reconhecer a especificidade de Fátima, Duarte Marques afirma que “agora é tempo de agir em conformidade”. Por considerar que “Fátima é uma alavanca para o turismo nacional”, o social-democrata declara que o Governo “não pode falhar a este polo de atração de turistas, de apoio social e de investimento. Está na hora de ajudarmos Fátima”.