Isabel Meireles considera que a Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia “foi uma desilusão”. Para a coordenadora do PSD na Comissão de Assuntos Europeus, “os resultados ficaram muito aquém das expetativas criadas pelo próprio Governo português”. Aliado a isso, adianta a deputada, o exemplo que a Presidência portuguesa deu à Europa e ao mundo foi “o triste espetáculo do processo de escolha do Procurador Europeu proposto por Portugal, um episódio infeliz que se veio juntar ao caso do cidadão ucraniano que foi morto enquanto estava sob a tutela do Estado português e ao péssimo exemplo no modo como foram tratados os imigrantes de Odemira.
Com a Comissária Elisa Ferreira a alertar para o atraso estrutural português e para o desperdício de sucessivos quadros comunitários, Isabel Meirelles frisa que com a bazuca à vista, “Portugal corre o risco de desbaratar mais dinheiro dos contribuintes europeus”, tal como fez durante Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
De acordo com a social-democrata, a Presidência portuguesa foi um “banquete” para um Governo que “perdeu a total noção da realidade”. “Até a Ministra da Agricultura participou neste festival de exibicionismo e de gastos: foram 211 mil euros de festança, para um só dia da Reunião do Conselho da União de Agricultura. O catering para um almoço, um jantar, um concerto privado com uma fadista.”
Crítica dos “gastos supérfluos e incompreensíveis”, Isabel Meirelles lamentou que depois de seis meses muito próximo de Bruxelas, o Governo esteja “cada vez mais distante de Portugal e dos portugueses.”