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Na sessão de encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2021, Isaura Morais afirmou que o Orçamento que chegou à Assembleia era mau, mas que o Governo e o PCP conseguiram a proeza de o tornar ainda pior. “Se o PSD votou contra este Orçamento na generalidade, hoje, na sua votação final global, o nosso voto contra, é ainda mais convicto”, frisou.
De acordo com a deputada, se na sua versão inicial a proposta orçamental só olhava para o presente e esquecia o dia de amanhã, o Orçamento do Estado para 2021, na sua versão final, ainda compromete mais o nosso futuro coletivo. “A versão que daqui a pouco vamos votar é uma derrota do PS e uma clara vitória do PCP, que conseguiu colocar o Governo de joelhos, ao impor tudo o que lhe apeteceu. Desde a realização do seu congresso, em fim de semana de Estado de Emergência, até ao total condicionamento do Orçamento do Estado, passando por mais compromissos políticos, para lá do próprio documento que hoje votamos.”
Para Isaura Morais, este é um Orçamento muito semelhante aos anteriores, ou seja, “um Orçamento cuja finalidade é permitir ao Governo chegar ao dia seguinte. Trata-se de um Orçamento, como os anteriores, capturado pela extrema-esquerda, que se viu inesperadamente investida num poder que os eleitores, em boa verdade, nunca lhe conferiram. Mas esse é o preço que a todos, o PS faz pagar, pelas dependências que escolheu para compensar a sua fragilidade.”
Com o país a viver num contexto de profunda depressão económica e social e de extrema incerteza quanto ao futuro, a Vice-Presidente do PSD entende que este Orçamento não dá as respostas necessárias a estes problemas e “prolonga a navegação à vista e o descuido imperdoável do futuro”.
Quando seria de esperar um apoio às nossas empresas, adianta a deputada, “o que temos é um Orçamento que, pior do que estar de costas viradas para as empresas, é punitivo para essas mesmas empresas. No momento em que seria da maior importância apoiá-las, o governo faz com que a receita de IRC aumente de um ano para o outro, nada menos do que 28,5%. A carga fiscal das empresas vai aumentar dramaticamente de um ano para o outro, quando estas ainda não tiveram sequer tempo para respirar do choque a que foram sujeitas, quanto mais erguer-se. O Governo não se limita a ignorar as empresas, dificulta-lhes ainda mais a vida.”