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O PSD considera que as conclusões da Comissão de inquérito ao Novo Banco colocam em causa a intervenção feita por parte do governo de António Costa e de Mário Centeno.
No debate do relatório Final da Comissão Eventual de Inquérito, Hugo Carneiro recordou que o documento concluiu que “a venda do Novo Banco e as suas condições contratuais não permitiram a melhor salvaguarda do interesse público” e que o contrato “não minimizou o impacto na sustentabilidade das finanças públicas, nem reduziu o risco moral, não acautelando, por isso, a defesa dos contribuintes”.
Segundo o deputado, desde o processo de venda o Estado permitiu, por inação, que o mecanismo de capital contingente fosse praticamente utilizado, com abusos por parte da gestão do Novo Banco. “Do lado da gestão do Novo Banco, confirmamos que a gestão otimizou o recurso às injeções de capital, que certos ativos foram vendidos ao desbarato e que em vários momentos do processo do Banco existiram conflitos de interesses”, disse.
Rejeitando a acusação socialista de há fraude política na resolução, Hugo Carneiro lembrou que o próprio relatório reconhece que “a resolução era a única medida suscetível de ser considerada num tão curto espaço de tempo”.
A terminar, Hugo Carneiro recordou que o PSD apresentou cerca de 120 propostas de alteração às conclusões do relatório, tendo as mesmas sido praticamente todas aprovadas, o que motivou o voto favorável dos sociais-democratas ao documento.