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António Maló de Abreu, deputado do PSD eleito por Coimbra, acaba de solicitar à ministra da Saúde que dê explicações sobre as “notórias contradições” em torno do funcionamento pleno do Hospital dos Covões. A mais recente dúvida decorre da decisão do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) em “encerrar” o serviço de urgência do Hospital dos Covões.
Maló de Abreu discorda e não pode ficar “indiferente” ao “reinício da destruição, por desmembramento e outros meios aparentemente ínvios, do Hospital Geral – vulgo Hospital dos Covões”. “Porque quem cala consente e resta o direito à indignação dos profissionais de saúde, da população de Coimbra e dos nossos concidadãos que se socorreram e socorrem deste Hospital”, acrescenta.
Na pergunta remetida a ministra da Saúde, todos os deputados eleitos por Coimbra sublinham que a “ARS Centro parece querer manter a sua abertura apenas como urgência básica, num momento em que o controlo da pandemia está longe de ter acabado”. Para os deputados “qualquer das decisões terá como consequência um aumento do fluxo de doentes à urgência do HUC com custos vários”.
O grupo parlamentar do PSD critica, antes da pandemia de covid-19, “a quantidade de doentes” que “se mantinha para além dos limites as Urgências dos dois Hospitais, gerando, nalguns casos, tempos de espera para atendimento de várias horas”. “E estes nossos concidadãos não desapareceram, não se curaram por artes mágicas e estão vivos, mas doentes e padecendo das suas enfermidades. Sendo que é mais do que percetível e, portanto, escusada de explicar a sua ausência momentânea das urgências”, referem dos deputados.
Os deputados concluem, deixando um alerta ao Governo: “em nome de reestruturações que encerram intenções meramente economicistas ou em nome do inexplicável e incompreensível não se pode secundarizar, prejudicar ou aniquilar os princípios de salvaguarda da Saúde e do seu Sistema Nacional. Porque a prioridade das prioridades são as pessoas”.
O PSD pergunta:
- Tem o Governo conhecimento destas e outras situações?
2. Concorda o Governo com as notórias contradições nas tomadas de medidas e com as medidas em si?
3. Concorda o Governo com uma só Urgência com dois polos, sendo um polivalente e outro básico?
4. E concordando – concorda igualmente que os custos para os doentes sejam diferenciados ou idênticos nos dois? E que havendo necessidade de transferência os custos para os doentes possam ser acrescidos?
5. Tem o Governo uma política definida e coerente para estes Hospitais, para Coimbra e para a Região Centro, partindo da garantia de salvaguarda dos cuidados de saúde para todos os cidadãos?
6. E tendo – mantem a confiança nos responsáveis pela implementação local e no terreno, a todos os níveis, dessa política?