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Isabel Meirelles entende que a Presidência Portuguesa do Conselho Europeu “está muito diminuída” depois de o Parlamento Europeu ter condenado, de “forma categórica e lapidar”, o Governo português e a Ministra da Justiça pela inaceitável interferência na nomeação do Procurador Europeu. No entender da deputada e Vice-Presidente do PSD, por mais que os socialistas “queiram sacudir a água do capote”, este caso “mancha o bom nome do Estado português e envergonha a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia”.
Com a ministra da Justiça a “assobiar para o lado” e a sonegar toda a documentação referente à nomeação do procurador europeu português, a deputada questionou ao Primeiro-Ministro o que pretende o Governo esconder.
No debate preparatório do próximo Conselho Europeu, Isabel Meirelles sinalizou ainda que o Primeiro-Ministro se está a preparar para ser o próximo Presidente do Conselho Europeu, substituindo Charles Michel, cujo mandato termina em 2022.
Recordado que este é um “filme de troca de cadeiras” já visto, com a mudança de Mário Centeno para o Banco de Portugal, Isabel Meirelles afirmou que com esta mudança “Portugal vai francamente respirar melhor”. “Portugal ver-se-á livre, na minha opinião, de um Primeiro-Ministro que chefiou apenas amigos nos seus governos e que, por mais incompetentes que sejam, só continuam no exercício de funções, porque fazem parte do seu inner circle”, rematou a social-democrata.