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No dia em que foi aprovada a declaração de um novo Estado de Emergência, Afonso Oliveira recordou ao Ministro da Economia que “emergência” é uma palavra que todas as empresas conhecem bem desde março de 2020. “Ao longo deste tempo, ouvimos empresas e trabalhadores e, particularmente agora nesta segunda fase, em que havia alguma esperança, as coisas caíram brutalmente e o que ouvimos é que não há encomendas, que as reservas nos hotéis foram canceladas, que não há clientes nas lojas e que não há clientes nos restaurantes”. Perante este cenário, o Vice-Presidente da bancada do PSD perguntou ao Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital “onde esteve o Governo no período em que era necessário preparar uma segunda vaga”.
No debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, Afonso Oliveira reconheceu que este é um “tempo excecional” e que ninguém poderia prever uma pandemia, mas o deputado entende que o país não estava preparado para enfrentar nenhum tipo de crise. “Nos últimos 5 anos o Governo andou descontraído e muito pouco empenhado em preparar o futuro. E essa responsabilidade é do Governo e de quem apoiou o Governo. Havia um discurso de autossatisfação e a verdade é que o país não estava preparado.”
O social-democrata vai mais longe e fala em “desleixo e falta de estratégia”, dando como exemplo a falta de investimento na saúde, as falhas no investimento público e os consecutivos recordes de carga fiscal sobre os portugueses. “O Governo falhou em matérias que eram essenciais para preparar o país”, lamentou o social-democrata.
