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Carlos Eduardo Reis anunciou, esta segunda-feira, que o PSD vai apresentar uma iniciativa com vista à criação de um quadro de praças para o exército e para a força aérea. No debate na especialidade do Orçamento do Ministério da Defesa para 2021, o social-democrata sublinhou que que foi com desilusão que o PSD constatou que este Orçamento não contemplava a criação de um quadro de praças para o exército e para a força aérea, lamentando o social-democrata a ausência clara de uma estratégia para a retenção e recrutamento nas forças armadas. Para o deputado, não podemos continuar a pedir cada vez mais às forças armadas, dando cada vez menos. “Tratar bem os militares seria tratar bem o país”, frisou.
Com o Governo a falar na necessidade de mais estudos, o deputado recordou que esta é uma matéria que já foi muito estudada e que urge passar dos estudos à ação. “De 2014 a 2018 perdemos cerca de 15 mil militares dos quadros permanentes ou a contrato. A criação do quadro de praças não resolve tudo, mas é um primeiro passo e não percebemos esta opção do Governo”, afirmou o deputado.
De seguida, Carlos Eduardo Reis enalteceu o papel das forças armadas durante a resposta à pandemia. Com os nossos militares a prestarem apoios a escolas, lares, hospitais, entre muitos outros locais, o social-democrata adiantou que os “os portugueses sentiram-se seguros e reconheceram esse esforço extra das forças armadas”. Contudo, lamenta Carlos Eduardo Reis, há um sítio onde as forças armadas não viram o seu esforço reconhecido: no Orçamento do Estado para 2021.
Já Ana Miguel dos Santos insistiu na criação de um quadro de praças. Segundo a deputada, esta é uma matéria que está mais do que pacificada, mais do que consolidado e mais do que estudada. “Está no momento de criar uma decisão para não estarmos 40 anos à espera, como estivemos no estatuto do antigo combatente”, afirmou.
A deputada questionou ainda o Ministro da Defesa Nacional sobre o valor gasto com a pandemia. Com o Orçamento afeto ao Ministério a diminuir e com as despesas destinadas à pandemia com uma dotação prevista de 30 milhões de euros, a deputada quis saber quais são as missões que vão deixar de ser realizadas.