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No debate do Estado da Nação, esta sexta-feira, Rui Rio questionou o Primeiro-Ministro sobre a política energética, nomeadamente o projeto da produção de hidrogénio em Portugal. O Presidente do PSD teme que se cometam as “asneiras” do passado, comparando, desde logo, o investimento do Governo para este setor, de 7 mil milhões de euros até 2030, contra os 9 mil milhões de euros anunciados pela Alemanha, que tem um PIB “16 vezes superiores a Portugal”.
“Pode assegurar-nos que para a produção de hidrogénio não vamos assistir às rendas excessivas, que aconteceram no tempo do engenheiro Sócrates? Não vai repetir os erros dessa vez? E sobre as energias renováveis também pode garantir que não haverá mais leilões para rendas excessivas?”, interrogou.
Rui Rio considera que o hidrogénio é uma “tecnologia de futuro”, mas ainda está “atrasada”. “Será que este negócio interessa mais à EDP do que aos portugueses?”, insistiu Rui Rio, criticando a opção por “aventuras e ideias megalómanas”.
Rui Rio receia “que tenhamos pela frente mais um episódio de rendas garantidas no hidrogénio”. “Pode-nos garantir que não haverá mais negócios da China?”, perguntou.
Rui Rio sublinha que, na política energética, a prioridade deve ser a abertura do mercado ibérico ao resto da Europa, através dos Pirenéus. “Mais eólicas, sim. Mais energia solar, sim. Hidrogénio, sim. Agora com o mercado a funcionar e não com o contribuinte a pagar”, especificou.