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O PSD acusou o Partido Socialista de instrumentalizar de forma “desprezível” o Parlamento e a Comissão de Inquérito ao Novo Banco, no dia em que Carlos Moedas foi ouvido naquela comissão por requerimento dos socialistas. “Claro que percebemos o que já está no subconsciente do PS. É que o PS já está a ver o Eng. Carlos Moedas como o presidente da Câmara de Lisboa e está disposto a utilizar tudo – e isto é só o início – sem qualquer princípio, sem qualquer lealdade, sem qualquer apelo à verdade, para tentar que isso não se concretize”, apontou esta terça-feira Duarte Pacheco.
O coordenador social-democrata relembrou que não existe qualquer facto novo ou relevante que justificasse a audição ao ex-secretário de Estado Adjunto do Pedro Passos Coelho, sublinhando que o PS só chamou Carlos Moedas à comissão de inquérito depois de este ter anunciado a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa. “Em dezembro [quando apresentou a lista dos nomes para as audições] não era necessária a sua presença, é anunciada a sua candidatura e o PS pede a sua presença no parlamento”, sintetizou Duarte Pacheco, para quem “esta instrumentalização da Comissão de Inquérito é uma vergonha para o PS e para o Parlamento”.
“É claro que há sempre a estranheza do PS pelo facto de um governo que o Eng. Carlos Moedas integrou não tivesse o relacionamento tão promíscuo com o sistema financeiro como os governos do PS”, afirmou o social-democrata.
O deputado social-democrata acusa ainda o PS de “inventar tudo e mais alguma coisa para evitar que se fale naquilo que é o objeto principal desta Comissão de Inquérito: a alienação do Novo Banco, se foi bem ou mal feita, e o modo como foi acompanhada a sua gestão pelo Governo, pelo banco central e pelo Fundo de Resolução. E pelos mais de 4 mil milhões que nós, portugueses, já lá tivemos de injetar”.
“Não pactuamos com a instrumentalização e com a campanha eleitoral que o PS quer fazer dentro desta Casa”, concluiu Duarte Pacheco, justificando assim o facto de não colocar qualquer questão a Carlos Moedas, posição que outros partidos genericamente também assumiram.