Últimas notícias
Rui Rio considera que o Parlamento continua “fechado sobre si próprio e tem medo do povo”. Em declarações à imprensa, esta sexta-feira, o Presidente do PSD lamenta a rejeição de duas propostas do PSD para credibilizar a casa da democracia, uma que consistia em criar o Conselho de Transparência e Estatuto dos Deputados, a outra, que permitiria a participação obrigatória de pessoas da sociedade civil nas Comissões Parlamentares de Inquérito.
Rui Rio entende que o Parlamento carece de “transformações reais e fundamentais”, mas os partidos rejeitaram estas iniciativas do PSD, porque “não querem fazer reforma nenhuma, querem apenas fazer algumas coisas para que tudo possa continuar na mesma”. “Fazer pequenas alterações para parecer que se faz e ficar tudo na mesma, comigo não contam. Com moderação, ninguém quer uma revolução”, declarou.
O Presidente do PSD insiste que é “preciso arejar os corredores” do Parlamento, onde apenas circulam “pessoas fechadas na política”, que “têm dificuldade em entender” estas soluções, mas “lá fora as pessoas com certeza que estão a perceber perfeitamente” o que está em causa.
“Isto mostra que o Parlamento se mantém fechado sobre si próprio e tem medo do povo, não quer que aqui haja qualquer espécie de participação”, expressou.
Sobre a alteração ao direito de petição, Rui Rio diz que é tudo uma questão de “equilíbrio e sensatez” e que a mudança do número de assinaturas reflete “o avanço tecnológico”. “Se conseguir cinco mil assinaturas, tem o debate no Parlamento em sede de comissão. Para querer ter a nobreza do debate em plenário, [carece de] 15 mil assinaturas”, precisou.
Num comentário às reuniões do Infarmed sobre a evolução da covid-19 em Portugal, o líder do PSD reafirma que “o modelo deve ser ajustado”, com reuniões que “não precisam de ser tão frequentes”, mas devem “mais objetivas e mais curtas, e aí aumentaria naturalmente a utilidade”.