Mário Centeno “desertou” e colocou o interesse pessoal à frente do interesse nacional

17 de junho de 2020
Grupo Parlamentar

Duarte Pacheco saudou a coragem do Ministro das Finanças ao assumir funções neste momento, isto em oposição ao seu antecessor que “desertou à procura de um interesse pessoal, em detrimento de interesse nacional”.

Segundo o coordenador do PSD na Comissão de Orçamento e Finanças, as previsões indicam que “vamos viver a maior recessão da nossa democracia”, que o défice público será colossal e que a dívida pública vai bater recordes. Face a este cenário, o deputado entende que são cruciais medidas, muitas delas já defendidas pelo PSD, que contribuam para minorar o impacto da atual crise. “Serão suficientes? Não sabemos. Chegarão a tempo a quem precisa? Veremos. Mas há algo que fica já registado: esta Proposta tem uma opacidade.” O social-democrata afirma que o Orçamento não permite identificar qual o impacto financeiro de cada medida e alertou que as previsões que têm vindo a público indiciam que o impacto desta crise pode ser mais grave. “Se isso acontecer, tenho de perguntar se vai manter as metas do défice através de reforço de cativações ou se apresentará uma proposta orçamental visando um terceiro Orçamento”, questionou o social-democrata.

Duarte Pacheco referiu-se, ainda, ao “elefante no meio da sala”: o Novo Banco. “O senhor Presidente da República disse que estava estupefacto com o pedido de injeção financeira. Mas não é só o Presidente, os portugueses também estão. E o governo também está?”

O deputado questionou ao Ministro das Finanças quando é que o Governo vai entregar ao Parlamento a auditoria à gestão no Novo Banco e se há mais alguma coisa escondida na alienação do Novo Banco à Lone Star que possa vir a surpreender os portugueses e o Presidente da República.

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