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Duarte Marques manifestou, esta quarta-feira, a preocupação do PSD com a preparação da época de combate aos incêndios. Numa declaração política em nome dos sociais-democratas, o deputado frisou que as reformas e as mudanças feitas neste setor têm ficado muito aquém do prometido e, acima de tudo, muito aquém do necessário para um eficaz combate a este flagelo. “A posição do PSD tem sido muito clara: para impedir os incêndios são necessárias reformas profundas na floresta, no desenho da paisagem e isso significa uma aposta clara na prevenção estrutural. Mas as mudanças estruturais não podem ficar reféns de preconceitos ou dogmas ideológicos.”
O social-democrata recorda que, infelizmente, “os últimos anos têm revelado falhas, atrasos, descoordenação entre forças, investimento assimétrico nas diversas entidades, demasiada propaganda e, o que falta em competência política, sobeja em arrogância e falta de transparência.”
Contudo, alerta o parlamentar, este ano os problemas continuam e não se augura nada de bom, não apenas pela meteorologia, que segundo o IPMA promete ser adversa, mas também porque, face ao confinamento e às regras especiais para os mais idosos, é bastante provável que a limpeza dos terrenos não tenha sido assegurada da forma mais desejável.
“Bem sabemos que é impossível impedir totalmente os incêndios e que nem sempre a mãe natureza está do nosso lado. Mas, por essa mesma razão, é que se exige ao Governo e aos responsáveis da Proteção Civil que façam tudo o que está ao seu alcance para proteger os cidadãos, minimizando tanto quanto possível os problemas e as ameaças”, afirmou o deputado, acrescentando que as condições de exceção deste ano não podem justificar atrasos ou menor competência.
No que respeita aos meios aéreos, Duarte Marques lembra que estamos no final do nível 2 e, mais uma vez, os meios aéreos propostos não estão todos no terreno. “Faltam meios em oito distritos e há quatro distritos sem qualquer meio aéreo. Importa por isso garantir que, no próximo dia 1 de junho, data em que se inicia o 3º nível, o reforço de meios previsto vai estar operacional.”
Sabendo que 95% dos incêndios são extintos na 1º hora e no ataque inicial, e que os 5% são responsáveis por 95% da área ardida, o parlamentar afirmou ainda que não se compreende a inversão de prioridades do governo com a redução de meios aéreos para o ataque inicial, contrariando o que defendem os especialistas.
https://youtu.be/Kq4tlCDo6rU