COVID-19: Governo passou o verão como a cigarra e não preparou o país para a segunda vaga

4 de dezembro de 2020
Grupo Parlamentar Estado de Emergência Covid-19

O PSD, responsavelmente e com o sentido de Estado que é seu timbre, manteve uma postura de colaboração e votou favoravelmente o pedido de renovação do estado de emergência. No debate no Parlamento, Mónica Quintela frisou que os dados que conhecemos da pandemia mostram que as medidas restritivas dos contactos sociais têm surtido efeito na diminuição do contágio e propagação do vírus, levando a um decréscimo do número de infetados e de mortes. Os especialistas, recorda a deputada, reiteraram a informação de que o cumprimento de regras de distanciamento social, o uso de máscaras e diminuição de contactos são fundamentais para continuar a achatar a curva do número de infetados e manter a tendência de descida da doença, o que permite libertar espaço no SNS. “E quanto maior for a capacidade de resposta do SNS, mais vidas se salvam e mais tratamentos são assegurados”, afirma a social-democrata.

Assim, adianta a coordenadora do PSD na Comissão de Assuntos Constitucionais, a renovação do estado de emergência “é essencial para dotar o Governo dos instrumentos legais que o habilitem a implementar as medidas que entenda adequadas a prevenir o contágio da pandemia”.

 

Contudo, Mónica Quintela afirmou que o PSD não pode deixar de “condenar que o Governo tenha passado o verão como a cigarra, sem cuidar de preparar, como era a sua obrigação, a segunda vaga e que todos sabíamos ser certa e muito difícil.” Segundo a deputada, além de uma censurável falta de articulação entre os ministérios da segurança social e da saúde, que tem sido a causa do flagelo que tem assolado os lares onde residem tantos idosos, Portugal assiste a uma “inaceitável falta de assistência dos doentes não Covid no SNS.”

A terminar, Mónica Quintela enalteceu a atitude de civismo e responsabilidade que os Portugueses têm tido nestes tempos tão difíceis.