Atrasos burocráticos no apoio às empresas podem causar danos irreparáveis

30 de abril de 2020
Grupo Parlamentar

No debate de análise do Relatório sobre a aplicação da 2.ª Declaração do Estado de Emergência, Carlos Peixoto afirmou que da análise que o PSD fez a este período salta à vista uma omissão, uma ineficiência e uma indignação.

A omissão, revela o Vice-Presidente da bancada do PSD, radica no facto de “terem ficado, injustamente, sem qualquer apoio os gerentes das micro e das pequenas e médias empresas pelo encerramento das suas atividades, o que faz com que hoje algumas delas vivam com a corda na garganta. O PSD apresentou um projeto para que essa desconsideração seja reparada, esperando que na próxima semana todos os grupos parlamentares possam decidir aquilo que o governo não quis decidir.” De acordo com o deputado, quanto a advogados e solicitadores, a questão não sendo igual, “exige a devida ponderação, pois também eles ficaram à margem de qualquer proteção e nem sequer receberam os honorários em atraso que o Estado lhe deve.”

No que respeita à ineficiência, Carlos Peixoto destacou as “burocráticas linhas de apoio às empresas que, ou não chegam, ou chegam tarde e a más horas e podem chegar tão tarde que quando chegam as empresas já não resistem com a demora.” Dirigindo-se ao governo, o social-democrata alertou que “ou o processo é agilizado, ou o dano é irreparável não só para as empresas, mas também para o país.”

Por fim, Carlos Peixoto revelou que a indignação está relacionada com o perdão de penas para reclusos, “que todos já percebemos que foi uma airosa habilidade do governo para resolver um problema estrutural, que é a sobrelotação das cadeias, à boleia de um problema conjuntural. Segundo o social-democrata, após o indulto do Presidente da República ficámos a saber que apenas 14 pessoas foram libertadas por problemas de saúde e por questões de idade. Contudo, “o governo arranjou uma fórmula mágica para pôr cá fora 132 vezes mais reclusos, isto é, 1853, muitos deles não tendo estas necessidades e muitos deles sem casa para viver, sem famílias que os acolhessem e muitos deles contaminados.”

Depois de Rui Rio já ter contestado esta situação, agora foi Carlos Peixoto a afirmar que o governo tem de explicar aos portugueses esta “absurda proeza” e “bizarria”.

 

https://www.youtube.com/watch?v=eCSA4w5TK-I

 

https://www.psd.pt/covid-19-gerentes-das-micro-e-pequenas-empresas-tambem-devem-ter-apoio-social-extraordinario/

 

https://twitter.com/RuiRioPSD/status/1250079467697037313