Notícias relacionadas
Luís Montenegro falou esta terça-feira à noite para todos aqueles eleitores que “votaram e que, porventura”, estão descontentes para lhes deixar “algumas palavras de respeito”.
“Eu quero, portanto, dizer a essas pessoas que as compreendo e sei que elas não são extremistas, e sei que elas não são racistas, e sei que elas não são xenófobas. E também sei que elas acham que o líder deste partido não vai resolver nada. E também sei que elas sabem que o programa deste partido não traz soluções. (…) Eu acho que, em Portugal, já chega de socialismo e chega de Chega também”, sublinhou.
Num jantar-comício da Aliança Democrática perante 2.500 pessoas, nas Caldas da Rainha, o líder da AD foi, uma vez mais, perentório sobre entendimentos com o Chega: “Não é não".
Segundo o líder da AD, até esses eventuais eleitores "acham que o líder deste partido não vai resolver nada" e que "o programa deste partido não traz soluções", mas têm um “sentimento de protesto”.
E lembrou, ainda, que "nos últimos 28 anos o PS governou 22" e considerou que "o principal destinatário deste protesto é, portanto, o PS".
"Eu quero, portanto, dizer-lhes, que até domingo, até à hora em que vão em cada secção de voto exercer o seu direito cívico e político, é tempo de reponderarem, de aprofundarem a sua avaliação da situação e contribuírem ativamente para ter uma mudança política e governativa em Portugal", reforçou.
Antes, Luís Montenegro sustentou que a coligação PSD/CDS-PP/PPM já "reúne muita gente que votou noutros partidos nas últimas eleições, a começar no PS" e que "se desiludiram, se dececionaram".
Neste comício, também discursou o antigo presidente do CDS-PP e ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que apelou: as eleições “ainda não estão decididas, avançámos sim, mas ainda não o suficiente para ter a certeza de que Pedro Nuno Santos não será primeiro-ministro”.
Paulo Portas deixou críticas ao atual Governo do PS, que acusou de fracasso ao nível das políticas públicas, destacando que ainda há 40 mil alunos sem professor a pelo menos uma disciplina e que há mais 500.000 portugueses sem médico de família do que em 2016.
Para o antigo vice-primeiro-ministro, o PS falhou também a tentativa de centrar a campanha no passado e no “período difícil da ‘troika’”, pelo qual responsabilizou os socialistas. “Quando não podem defender o presente, quando tentam falsear o passado, isso é um belíssimo indicador de que o PS não tem mérito para ter futuro”, acusou.
Num discurso de cerca de 40 minutos, Paulo Portas elogiou o líder da AD, pelas suas posições constantes e coerentes sobre o tema da governabilidade. “O que disse Luís Montenegro: governo se ganhar, aceito governar em maioria relativa se necessário e não haverá acordos com extremistas. Estas três coisas qualquer pessoa sabe sobre Luís Montenegro”, disse.
Telmo Faria, ex-Presidente da Câmara Municipal de Óbidos, é o cabeça de lista da AD por Leiria.