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O Presidente do PSD revelou que o Governo se prepara para injetar mais 3 mil milhões de euros na TAP, sem que exista uma garantia prévia de que a empresa vai deixar de dar prejuízo. De acordo com Rui Rio, “o dinheiro que se quer injetar na TAP de certeza, fora o resto, são 3 mil milhões de euros. É preciso que os portugueses comecem a perceber isto assim: 3 mil milhões de euros são 300 euros a cada português.”
Face a este cenário, o líder do PSD exige ao Governo que dê garantias aos portugueses que, se injetar “mais 3 mil milhões de euros, 300 euros por cada português”, a empresa não terá os mesmos problemas do passado, referindo-se, por exemplo, a greves por aumentos.
“Qual é a segurança que os portugueses podem ter que o plano de reestruturação é aplicado, cada um de nós vai dar mais 300 euros em média para a TAP e que depois, passado poucos meses, a TAP não entra outra vez na mesma situação que entrou ao longo de toda a sua vida, com greves atrás de greves. Eu não me esqueço que os pilotos fizeram uma greve em 2014, de propósito, no Natal e na passagem de ano, prejudicando fortemente muitos portugueses a quem agora estão a pedir a cada um 300 euros para ajudar.”
Questionado se o PSD defende a liquidação da empresa caso o plano não dê essa segurança, Rio respondeu afirmativamente. “Se o plano de reestruturação não conseguir ter respostas capazes que nos garantam que de futuro não será igual ao que tivemos no passado, isso é evidente. Ter no futuro o que tivemos no passado, acho dramático para as finanças públicas portuguesas”, respondeu.
Para evitar esse cenário, afirma o líder social-democrata, compete ao Governo apresentar “um plano de reestruturação razoavelmente bem feito e minimamente credível”. “É o Governo que tem de nos convencer - a nós, ao PSD, e ao país - que se agora meter 3 mil milhões de euros e cada português der mais 300 euros, de futuro acabou e a TAP passa a ser uma empresa rentável”, afirmou, salientando que, mesmo quando o turismo “estava em alta, a TAP continuava dar prejuízo”, disse.
Rui Rio congratulou-se ainda que o Governo tenha “recuado” na alegada intenção de levar a votos no Parlamento o plano de reestruturação da TAP, sublinhando que o executivo será o responsável máximo pela decisão que tomar sobre o futuro da companhia.