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Rui Rio considera que o Governo tem estado “bem longe de cumprir aquilo que lhe é legitimamente exigível” ao combater a pandemia de forma desorganizada e sem planeamento. Rui Rio lamenta que Portugal seja atualmente “o pior país do mundo” na gestão da crise sanitária. “Se Portugal tem sido o pior do mundo no combate à pandemia, é porque quem nos governa não tem estado plenamente à altura das responsabilidades que foi chamado a assumir”, criticou.
O Presidente do PSD, que discursava no debate da 11.ª renovação do estado de emergência, esta quinta-feira, no Parlamento, acusa o Governo de falhar “no planeamento da segunda vaga, o que implicou que ela praticamente se juntasse a uma terceira onda de dimensões absolutamente dramáticas”. Além disso, “tardámos a confinar e, quando o fizemos, fomos arrastando as medidas de forma demasiado lenta e demasiado gradual”.
O líder do PSD aponta a ausência de preparação das escolas para o ensino à distância e no arranque do plano de vacinação, “colocando demasiadas sobras na esfera de decisão de gente com fraco sentido ético”. “Mantivemos as escolas abertas para lá do aceitável, sendo hoje bem claro, que elas são um dos principais focos de contágio social. Basta ver a desaceleração atual do número de contágios para se perceber o que poderíamos ter evitado, se tivesse havido mais sentido da realidade”, referiu.
Rui Rio apela ao Governo para que “relegue a sua permanente preocupação com a propaganda política para os tempos de campanha eleitoral e não para este momento dramático com que os portugueses estão confrontados”.
Rui Rio espera uma “correção dos erros” e o “consequente melhoramento da ação governativa”, de modo a “pouparmos vidas e sofrimento aos portugueses”. O Presidente dá como exemplos de melhores soluções, a necessidade de vacinação mais rápida e universal, com “muitos mais locais de vacinação do que aqueles que, neste momento, existem, o que exige uma articulação eficaz e competente com todas as autarquias”.
Outra medida que o Presidente do PSD quer ver concretizada e para a qual volta a insistir é a divulgação transparente e diária do “número de cidadãos já vacinados”.