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Em declarações à imprensa, após uma audiência por videoconferência com o Presidente da República, esta quarta-feira, Rui Rio diz-se preocupado com a forma como está a ser executado o plano de vacinação contra a covid-19. Rui Rio revelou ainda que o PSD irá votar a favor do pedido de autorização de renovação do estado de emergência na quinta-feira, sendo que o decreto presidencial já irá prever a possibilidade de ensino à distância, aspeto que Rui Rio classifica como “muito positivo”. “Há um aspeto muito positivo no decreto do Senhor Presidente, segundo ele nos anunciou, que tem a ver com a questão das escolas (…) As escolas têm de permanecer fechadas mais tempo e, nesse sentido, o decreto permitirá – e muito bem – que possa haver ensino à distância, ensino virtual. Não faz sentido, se há escolas que estão preparadas para isso – privadas, públicas também –, serem prejudicadas por haver escolas que não trataram de fazer aquilo que lhes competia ou do Ministério [da Educação] que, não tendo tratado disso, teve a sorte de algumas escolas o terem feito”, realçou.
O Presidente do PSD alerta para a redução do “stock” de vacinas, sobretudo daquelas que seriam destinadas à segunda dose. “Preocupa-me, como há falhas de entrega das empresas, corremos o risco de deitar fora muitas primeiras doses, se depois faltarem muitas segundas doses”, disse.
Por outro lado, considera que a “vacinação não está a correr da melhor maneira”. “A vacinação não está a decorrer com a disciplina e organização que deveria. Há escassez de lugares para vacinar e já é claro o prazo limite para vacinar na primeira fase já escorregou de março para abril”, afirmou.
O líder do PSD anunciou que propôs ao Presidente da República a proposta de monitorização permanente e a divulgação diária do número total de pessoas vacinadas, estatística que deveria passar a constar do boletim diário da pandemia.
Rui Rio opõe-se a qualquer “demagogia” em torno da exclusão de políticos que ocupam os lugares-chave no Estado na lista de prioritários a imunizar. “Discordo completamente da demagogia de não vacinar político nenhum. Hoje temos vários ministros infetados, se amanhã for o Primeiro-Ministro e não puder trabalhar, o que ganhámos com isso? (…) É evidente que aqueles políticos que estão em cargos absolutamente nevrálgicos no combate à pandemia, devem ser vacinados”, sublinhou.
Rui Rio entende que “foi pior a emenda que o soneto” quando o Governo optou por estender a vacinação a todos os políticos. “O Governo falha à primeira quando não vacina ninguém e, depois, falha à segunda: passa a ser toda a gente, todos os órgãos de soberania, funcionários dos órgãos de soberania”, acrescentou.
Rui Rio espera “bom senso” e “equilíbrio” na definição dos alvos prioritários a vacinar e, no seu caso concreto, admite que “não se considera um caso nevrálgico”.