Rui Rio: Governo não cumpre promessa de baixar o preço dos combustíveis

15 de julho de 2021
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Rui Rio acusa o Governo de faltar à palavra sobre o preço dos combustíveis. O Presidente do PSD lembra que, em 2016, o Governo prometeu que só aumentaria o preço dos combustíveis, enquanto o petróleo estivesse em alta. “Temos um Governo que quando aumentou os impostos sobre os combustíveis, em 2016, garantiu-nos que apenas o fazia enquanto o petróleo estivesse baixo. Mal o petróleo aumentasse automaticamente os baixaria para o patamar em que os encontrou de forma que o preço não subisse”, afirmou.

Na sessão de apresentação dos candidatos autárquicos do PSD no distrito de Beja, esta quarta-feira, Rui Rio não tem dúvidas: “Não fizeram rigorosamente nada e, agora, eu digo outra coisa: estão muito admirados que não tenha cumprido a palavra? Eu acho que não estão, nem os portugueses estão”. 

Qualificando de “normal” que o Governo falte à palavra, o Presidente do PSD frisou que os membros do Executivo podem dizer “o que lhes apetecer, porque não vai acontecer nada logo de antemão”. “Em 2016, ainda admite que as pessoas pudessem ter acreditado, mas hoje já temos mais do que experiência de que não vale a pena acreditar”, acrescentou.

Sobre a declaração de inconstitucionalidade dos apoios sociais excecionais à pandemia, o Presidente do PSD considera que não há argumentos jurídicos a apontar ao tribunal, mas apontou o dedo ao Governo por ter pedido a fiscalização dos diplomas, em vez ter decidido pagar os apoios sociais aprovados pelo Parlamento. “Eu respeito a decisão do Tribunal Constitucional. Aquilo que foi a intenção da Assembleia da República e, particularmente, do PSD foi ver se conseguimos mais apoios sociais para as pessoas”, assinalou.
 

Escolha do Governo para o Banco de Fomento mostra “clientelismo” do PS
Rui Rio critica o Executivo de promover “um sistema” assente no “clientelismo” e dá como exemplo a escolha – entretanto suspensa – para o Banco de Fomento de uma personalidade que “não tem” condições políticas para iniciar funções. “O Governo, em vez de tratar de arranjar outro presidente do conselho de administração, anda a ver o que é que vai acontecer”, declarou.

Para o líder social-democrata, Vítor Fernandes, cuja nomeação para presidente do Banco de Fomento foi suspensa pelo Governo, “não tem, mas já não tinha condições” do ponto de vista político “antes deste episódio”.

Conhecendo “o percurso que [Vítor Fernandes] fez na banca”, Rui Rio sublinhou que o gestor “pertenceu a uma administração da Caixa Geral de Depósitos que teve uma atuação francamente má”. “Parte dessa administração, com ele incluído, foi para o Banco Comercial Português, onde tiveram também uma atuação má e, a seguir, para a administração do Novo Banco, onde, pelo menos sabemos, o que tem feito é arranjar menos valias atrás de menos valias e pôr os portugueses a pagar”, salientou.

Para o Presidente do PSD, esta é “uma fotografia suficiente para não se nomear a pessoa em causa para presidente de um banco que deve ter um papel determinante na recuperação da economia portuguesa”.

Rui Rio entende que a avaliação sobre a “idoneidade” que o regulador, o Banco de Portugal, faz ao ex-administrador “já estava medida ao longo de toda a carreira” do gestor.