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Com os indicadores a evoluírem de forma positiva, Ricardo Baptista Leite insiste que as medidas de desconfinamento devem ser debatidas de forma séria e lamenta que o governo não apresente o plano com uma maior antecedência.
No final da reunião no Infarmed sobre a situação epidemiológica de Portugal, em que participou em conjunto com o Presidente do PSD, Rui Rio, e com o coordenador do CEN para a área da Saúde, Fernando Araújo, Ricardo Baptista Leite lamentou o pouco tempo de preparação dado aos vários setores da sociedade. “Vai ser apresentado um plano no próximo dia 11, se o efeito prático desse plano começar dia 15, as partes da sociedade que vão ser afetadas só vão ter 3 a 4 dias para se preparar. O PSD sempre disse que o plano de desconfinamento devia ter sido discutido com mais tempo e que o envolvimento dos cientistas deveria ter sido mais precoce, no sentido de garantir que os vários setores da sociedade se pudessem planear adequadamente”.
Depois de elogiar os especialistas por terem dado “um salto de qualidade nas suas apresentações”, procurando apresentar propostas concretas no sentido de como este modelo de desconfinamento pode ser executado, o deputado afirmou que o PSD viu com bons olhos a proposta para um levantamento do desconfinamento por via regional, uma proposta já defendida pelos sociais-democratas, e que visa não prejudicar partes do território que estão bem, por causa de outras que estão menos bem.
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD insistiu que a “testagem, o rastreamento e isolamento das pessoas são as únicas ferramentas que temos para evitar uma subida descontrolada de casos como tivemos em janeiro” e, como tal, lamentou que o Governo só agora tenha criado uma task-force para a testagem. “Foi hoje anunciada mais uma task-force da testagem, que entendemos que vem tarde pois é algo que temos pedido há um ano para que haja uma testagem massiva e sistemática nas escolas e em todos os locais de risco. Diríamos mesmo que toda a população deveria ter a possibilidade de fazer um teste semanal rápido, gratuito e sem precisar de prescrição médica, em qualquer local, de modo a normalizar a testagem que é um instrumento fundamental para controlar essa pandemia”.
Questionado sobre a discriminação que o Governo está a fazer a crianças e jovens do ensino privado e cooperativo no acesso a testes à covid, o social-democrata frisou que “o vírus não escolhe entre público e privado” e anunciou que o PSD já enviou uma pergunta ao Governo no sentido de reverter esta “decisão errada”.
A terminar, Baptista Leite alertou que a Páscoa tem de ser um período que cada família deve viver com o seu agregado familiar: “não há saídas entre concelhos, não há partilha de agregados e sobre isto tem de haver uma mensagem clara como o Presidente da República também disse”.