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Nuno Morais Sarmento, vice-Presidente do PSD, em entrevista ao “Público”, esta quinta-feira, considera que o Governo tem lançado poeira sobre as pessoas quando faz acusações que não são verdadeiras, isto depois de “fazer caminho” com partidos que “negam a democracia”. “Para mim, politicamente, é mais grave e tem mais consequências eu querer fazer caminho com um partido revolucionário que nega os princípios básicos da democracia do que eu aceitar que apoiem e votem no meu programa partidos que são partidos da extrema-direita. Só tenho pena que 99% dos portugueses não tenham olhado para o programa do BE”, afirma.
Nuno Morais Sarmento lembra as características ideológicas do BE e do PCP. “O BE saúda a Venezuela, a Coreia do Norte, e propõe a via revolucionária trotskista. O PCP afirma a nacionalização dos principais meios de produção”.
O vice-Presidente do PSD acusa o Primeiro-Ministro de “dar um salto mortal”, quando “tenta todos os dias impingir na televisão” que o PSD fez um acordo nacional com o Chega. “Fizemos um acordo com o CDS e o PPM e há dois partidos que são o Chega e o Iniciativa Liberal que apoiaram essa solução política. Ao contrário de António Costa, que ouvimos todos os dias virar-se para o BE e dizer: ‘É convosco que eu quero fazer caminho’, não nos ouve dizer isso ao Chega”, refere.
Para o vice-Presidente do PSD, “António Costa está tão envolvido naquele casamento com o PCP e o BE que acha que o PSD fez uma coisa parecida”. Porém, diz Morais Sarmento, o PSD “não fez”.