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O Conselho Nacional do PSD, que decorreu na sexta-feira, em Olhão, aprovou a moção de apoio à candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa, proposta pela Comissão Política Nacional (CPN). “Foi aprovada sem votos contra [61 a favor e nove abstenções] e apoiada também nas intervenções, até pelo ‘timing’ e pelo momento”, referiu Paulo Mota Pinto, Presidente da Mesa do Congresso.
Na moção distribuída aos conselheiros nacionais, é sublinhado que “Marcelo Rebelo de Sousa é, desde a primeira hora, militante do PSD. Foi seu dirigente e Presidente e deixou uma marca distintiva na sua cultura política e na sua história”. “O atual Presidente da República é o candidato que nos dá mais garantias de equilíbrio e unidade nacional no quadro da crise que Portugal atravessa. Todos os demais candidatos personalizam projetos de rutura que, no momento histórico que atravessamos, se afiguram de elevado risco para uma superação mais rápida e mais tranquila das dificuldades que o País tem pela frente”, refere a moção.
O documento declara ainda ser “compreensível e desejável” que o atual Presidente da República protele o anúncio de recandidatura, “evitando, assim, condicionar cedo demais o exercício das suas funções”.
A moção lembra ainda que as eleições presidenciais irão decorrer num contexto de “dupla crise, sanitária e económica”. “O ambiente de incerteza e de contingência que se vive na sociedade portuguesa, agravado por uma solução governativa instável e com elevados riscos de radicalização, conferem à próxima eleição um papel decisivo no equilíbrio e normal funcionamento das instituições que sustentam o sistema político”, refere o texto.
“Assim, perante as presentes circunstâncias, o Conselho Nacional do Partido Social Democrata decide, desde já, sob proposta da Comissão Política Nacional, declarar o seu apoio à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, desejando que seja também essa a sua vontade e respeitando o momento político que entenda escolher para anunciar a sua decisão ao País”, conclui a moção.
O Conselho Nacional do PSD aprovou, também, uma proposta para mandatar a Comissão Política Nacional para celebrar “acordos quadros nacionais de coligação” e ratificar coligações locais para as autárquicas, se a pandemia de covid-19 impedir nova reunião presencial até final do ano, o que Mota Pinto classificou como de “decisão prudente”. A proposta foi apresentada pelo Secretário-geral e Presidente da comissão autárquica, José Silvano, e aprovada apenas com duas abstenções.
No Conselho Nacional, o Presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN), Joaquim Sarmento, apresentou ainda as linhas gerais do programa de recuperação que o PSD deverá divulgar em breve.