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Carlos Peixoto exorta o Governo que “aplique cá dentro aquilo que diz lá fora”. O vice-Presidente do grupo parlamentar do PSD referia-se à “coesão entre regiões” em Portugal, em comparação com o discurso político de pedir “solidariedade à Europa”. O objetivo, adianta o deputado, é combater “as desigualdades graves que existem no que diz respeito ao desenvolvimento regional e à ocupação territorial”.
As distritais do PSD, que estiveram, esta quarta-feira, numa reunião na sede nacional, em Lisboa, defendem que “deve haver uma verba específica para a coesão territorial nacional”, a definir pelo Governo depois de traçar um “plano operacional para o desenvolvimento do interior”. “Estamos a exortar o Governo para que, no plano que enviar para Bruxelas obrigatoriamente nos próximos dois meses, coloque nesse plano um pilar exclusivo de gestão autónoma, que não compita nem concorra com outros fundos e com outros pilares, só relativo à coesão territorial”, afirmou Carlos Peixoto.
Os dirigentes do PSD apelam ao Primeiro-Ministro que eleja “como prioritária” esta dotação específica, que deve ser canalizada para o desenvolvimento do interior do país, porque “o Orçamento do Estado, só por si, não resolve problemas da interioridade”.
Nesse sentido, defendem que o Estado eleja como prioridade as infraestruturas, a modernização “do IP3, da ferrovia, de outros investimentos estruturantes” e a redução as portagens no interior.
O PSD insta igualmente o Governo a incluir nesse plano “medidas que se dirijam à economia, à fixação de empresas e à revitalização do tecido económico do interior”, que atraiam jovens para aquela zona do País, e também à “deslocalização de serviços públicos”, à agenda digital e ao ambiente.
O deputado defende ainda medidas para a economia, a fixação de empresas e a revitalização do tecido económico do interior – a descida do IRC e do IRS –, assim como medidas para a educação e o ensino superior, para atenuar “o desequilíbrio” de estudantes entre o interior e o litoral.
Para Carlos Peixoto, existe a oportunidade de transformar a pandemia numa “oportunidade que pode ser histórica”. “Ou é agora ou vai ser tarde demais”, vincou, acrescentando que este desafio já foi lançado à ministra da Coesão Territorial e à comissária europeia com a pasta da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.