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“Doutor António Costa, não perca mais tempo” e baixe já os impostos, desafiou Luís Montenegro, esta quinta-feira. O Presidente do PSD chamou a atenção para o que parecer ser o objetivo do Partido Socialista, que passa por “todos os anos cobrar mais impostos do que o que fez no ano passado”.
“António Costa merece uma medalha”, ironizou o líder social-democrata, pois “cobra sempre muitos impostos do que no ano anterior, e mais do que inscreve no Orçamento de Estado (OE). Este ano, nos primeiros quatro meses do ano, a receita fiscal já cumpriu o objetivo de crescimento que o governo fixou para o ano inteiro”. Na verdade, o PS “primeiro castiga, impõe o sacrifício, cumpre o que está no OE, e depois dá algumas benesses quando é mais conveniente, e dizem que têm as contas equilibradas à custa de maior carga fiscal e menor investimento”.
Para Luís Montenegro, é uma “imoralidade António Costa não baixar os impostos em Portugal”. O PSD já apresentou propostas para baixar os impostos na classe média, para implementar vantagens no IRS jovem, para baixar o IVA da eletricidade, medidas que o PS chumbou. “Nós damos isso de barato, chumbam sempre as nossas propostas. Não queremos ficar com nenhuma medalha, só queremos que baixe os impostos. O que está a acontecer hoje é que o Governo cobra mais impostos dos que os que precisa para alimentar a máquina do Estado”. Não é por acaso que o PS está associado aos maiores momentos de empobrecimento desde o 25 de Abril, reiterou.
Secretas: Se António Costa não vê problemas no que aconteceu, então o problema está no seu gabinete
Ao longo do discurso de abertura do Conselho Nacional do PSD, Luís Montenegro salientou que o Partido não se deixa condicionar na ação política e que continua a fazer o seu papel de escrutínio político.
O Primeiro-ministro até pode desvalorizar o que se passou no caso das Secretas, mas este é um assunto que não pode passar “incólume. Não há margem para errar aqui e alguém tem de assumir responsabilidades”. Se “o Primeiro-ministro acha normal que o seu Ministro diga o contrário do seu gabinete, então o problema está no seu gabinete. Se há confiança política no Ministro, se acha que foi tudo correto, então o problema está no gabinete dele”.
O Primeiro-ministro acha que pode condicionar o PSD ao enviar documentos que de confidenciais nada têm, mas o PSD não se demite do seu papel.