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Em visita ao Algarve, para fazer o diagnóstico de uma região que tem com principal setor o turismo e a indústria hoteleira, Rui Rio insistiu na necessidade de o Governo avançar com “medidas adequadas”, e não meras soluções discriminatórias positivas. “O turismo é importantíssimo para a balança de pagamentos. O Governo tem de encontrar as medidas adequadas à circunstância. (…) Para lá das medidas transversais para a economia portuguesa, aqui há uma especificidade. O turismo [no Algarve] é o setor mais afetado pela pandemia. O Governo tem a obrigação de olhar para esta região e para as suas especificidades”, referiu.
Rui Rio considera que o Governo ainda vai a tempo de “atenuar os problemas sociais gravíssimos” despoletados pela pandemia, numa região onde o turismo regista quebras significativas, na ordem dos 80 a 90%. “Poderá fazer sentido este apoio mais concentrado em agosto, setembro, outubro, mas no Algarve estes meses são os menos maus. Aquilo que se prevê, devido à sazonalidade, em novembro, é se as empresas não faturarem de uma forma minimamente equilibrada, como é vão faturar [mais tarde]?”, realçou.
Sobre a taxa de desemprego, o Presidente do PSD entende que os números conhecidos continuam a ser uma “uma incógnita”, sendo a taxa efetiva muito difícil de estimar. “A taxa de desemprego em Portugal é uma incógnita. Isso que foi hoje divulgado, era bom que fosse assim, mas não é, é pior. Nós temos imensas empresas e milhares de trabalhadores em ‘lay-off’, desses trabalhadores quantos é que vão regressar ao trabalho e quantos é vão sair para o desemprego”, questionou.
O Presidente do PSD está esta quarta e quinta-feira no Algarve. Durante a manhã, Rui Rio reuniu com associações empresariais e turísticas na Câmara Municipal de Albufeira. “Uma coisa é estarmos fora dos locais onde os problemas existem. Percebemos, mas não sentimos. É muito diferente ouvir as coisas lá longe e estar aqui”, justificou Rui Rio, que irá ainda encontrar-se com pescadores, em Quarteira, e visitar uma empresa de viveiros agrícolas em Faro.