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O PSD questionou esta quarta-feira o ministro da Defesa sobre a “derrapagem” dos custos para a reabilitação do Hospital Militar de Belém, bem como sobre a compra de drones para o combate aos incêndios rurais e que acabaram por ficar em grande parte inativos. Outro tema em destaque teve a ver com a avaliação do Tribunal de Contas ao processo de contrapartidas da aquisição das aeronaves C-295.
Em audição requerida pelos deputados social-democratas, Carlos Eduardo Reis pediu justificações sobre a acentuada derrapagem dos custos com a requalificação do Hospital Militar de Belém, que de um valor previsto de 750 mil euros resvalou para quase 3.2 milhões de euros. O deputado quis saber a proveniência das verbas e se as mesmas, tendo sido aplicadas naquelas obras, não virão a comprometer as missões do Exército. O ministro da Defesa foi também questionado sobre o futuro daquela infraestrutura, nomeadamente se vai ser vendida à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa depois do investimento feito.
Relativamente ao processo das contrapartidas, Carlos Eduardo Reis lamentou que o ministro da Defesa “afinasse num certo diapasão do PS nos últimos anos, que tem sido o de culpar o anterior Governo PSD/CDS quando há algum problema”. O deputado lembrou que os estudos e pareceres jurídicos feitos “indicam que a renegociação das contrapartidas foi bem feita, em favor do Estado, e que não pode radicar na questão da garantia a justificação para dizer que o Estado foi lesado e que agora o ministro não tinha outra solução que não a revogação do contrato.”