Proibição dos festivais: não pode haver dois pesos e duas medidas

14 de maio de 2020
Grupo Parlamentar

No debate de iniciativas que estabelecem medidas excecionais e temporárias quanto aos espetáculos de natureza artística, no âmbito da pandemia da doença Covid-19, Paulo Rio de Oliveira foi perentório em afirmar que “os portugueses exigem do governo que não haja dois pesos e duas medidas”. Segundo o deputado, o governo opta por apresentar um diploma pouco claro, pouco objetivo e pouco competente. “De tal forma que somos obrigados a perguntar se as alterações pretendem esclarecer ou confundir? O diploma é fonte de solução ou origem de novos problemas? Quando se apresenta uma proibição até 30 de setembro, interrogamo-nos logo pela data.  Se a data está a ser monitorizada à semana, porquê este prazo tão perentório? Como definir o conceito de festival e como definir o conceito de espetáculo de natureza análoga. Abrange quem? Excluí quem? O governo quer proibir todos, ou quer abrir a porta a alguns?”

Depois das manifestações do 1º de maio, realizadas à boleia de umas “pertenças orientações” e que, na prática, “violaram todas as regras”, o social-democrata afirmou que este diploma do Governo “é tão confuso e vago que parece propositado”. Assim, Paulo Rios de Oliveira apelou aos membros do Governo para que “não insultem a inteligência dos portugueses” e frisou que se houver o tal rigor que se exige, “é manifestamente impossível” pensar que uma festa como a do Avante possa ter lugar.

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