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O PSD está preocupado com a exclusão de professores, investigadores e pessoal não docente das instituições de ensino superior do plano de vacinação.
Numa pergunta ao ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, esta sexta-feira, o grupo parlamentar do PSD começa por expor que o plano de vacinação “prevê vacinar cerca de 280 mil professores e funcionários das creches ao ensino secundário, deixando de fora quem trabalha nas universidades e institutos politécnicos”, quando se sabe que “os professores do ensino superior têm uma média etária bastante elevada: 15% têm mais de 60 anos e 63% têm entre 40 e 60 anos”.
A presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, Mariana Gaio Alves, foi uma das vozes que criticou esta exclusão, ao afirmar que “sente uma total incompreensão que o ensino superior não seja incluído no plano de vacinação previsto para os professores e funcionários do ensino obrigatório”.
Por sua vez, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na comunicação que dirigiu às Instituições de Ensino Superior, no passado dia 19 de março, “defendeu a importância de valorizar o ensino presencial e sublinhou que no ensino superior há aulas práticas, há turmas de grandes dimensões e há manipulação de instrumentos nas aulas de laboratório, há que criar as melhores condições para que possa ser retomado o ensino presencial a partir de 19 de abril”.
Desde o início que o PSD está “preocupado com esta exclusão, questionando o CRUP e o CCISP a 16 de março” e, posteriormente, em 25 de março, questionou por escrito o Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, “que até ao momento não respondeu às questões”. No dia 13 de abril, o os deputados social-democratas questionaram novamente o ministro numa audição no Parlamento sobre esta temática, “mas a resposta foi muito vaga”.
“A pretensão dos professores do ensino superior é que a Direção Geral de Saúde e a Comissão Técnica para a vacinação para a Covid-19 incluam os profissionais docentes e não docentes na mesma fase de vacinação dos profissionais de educação do ensino não superior, recusando-se alguns deles a não dar aulas sem antes serem vacinados”, sublinha o PSD.
O PSD pergunta:
1 - Quais os fundamentos para a exclusão dos professores, investigadores e restantes funcionários do ensino superior do plano de vacinação prevista para o pessoal docente e não docente do ensino dos outros níveis de ensino?
2 - Quais as evidências científicas que têm para afirmar que a vacinação no ensino superior “não é prioritária” e que “o risco de contágio é mais baixo nas Universidades e Politécnicos”?