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Com o objetivo de permitir ao Parlamento um “regular acompanhamento institucional do processo de operacionalização da vacinação contra a Covid-19”, o PSD apresentou um requerimento para que o coordenador da task force do Plano de Vacinação seja ouvido mensalmente na Comissão de Saúde e na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia.
O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo vice-presidente da bancada social-democrata Ricardo Baptista Leite, na audição a Francisco Ramos, que lidera a referida task force. O deputado do PSD defende que “a Assembleia da República deve estar colaborante neste processo”, qualificando-o como “provavelmente a mais importante missão de saúde pública dos últimos anos no nosso país, e cujo sucesso é determinante para não só respondermos a esta crise sanitária mas também garantir a tão importante retoma económica e social”.
Ricardo Baptista Leite colocou ao coordenador da task force um conjunto de questões sobre o atual ponto de situação do processo de vacinação, nomeadamente quanto ao calendário previsto, à quantidade de vacinas que deverão chegar por mês a Portugal e à capacidade de vacinação diária. O PSD quis também saber que modelos científicos fundamentaram a definição dos subgrupos e das populações prioritárias.
Sobre a questão logística da distribuição e armazenamento das vacinas, foi questionado se a mesma está garantida para as Regiões Autónomas e nos 1200 centros de saúde definidos para a primeira fase. Foi também destacada a preocupação com “a segurança dos doentes no contexto dos centros de saúde, na medida em que estamos a falar da população mais vulnerável do nosso país”, e se podem ser garantidos os circuitos de separação “entre os que vão ser vacinados e os demais doentes, que podem ser doentes covid”.
Uma última questão prendeu-se com os lares ilegais, com Ricardo Baptista Leite a lamentar que, nove meses após o início da pandemia, a ministra da Segurança Social ainda não tenha procedido ao respetivo mapeamento. E questionou se os utentes e funcionários destes lares ilegais não terão direito à vacinação contra a covid-19.