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O líder parlamentar do PSD contestou a atuação do governo no combate à pandemia. Com Portugal a ser o pior país do mundo no que tem a ver com infeções por milhão de habitantes, e o segundo pior país da união europeia em relação a mortes resultantes da pandemia, Adão Silva questionou ao Primeiro-Ministro “como é que chegámos a esta situação? Como foi possível acontecer esta catástrofe humana depois de ter corrido tudo tão bem nos meses de março e abril?”
Com o país a necessitar de “regras claras, rigorosas e bem explicadas”, Adão Silva afirma que não foi isso que aconteceu, adiantando que “a sensação que há é que o Governo não cumpriu o seu papel, foi vago, tendo anunciado um confinamento de faz de conta, com tantas e tantas exceções de regras - regras que deveriam ter sido claras, límpidas, entendíveis.” De acordo com o deputado, o próprio Governo foi o primeiro a reconhecer que as regras não estavam bem delimitadas nem desenhadas e, por isso, de sexta-feira para segunda-feira, foi preciso corrigir aquilo que tinha ficado errado.
Adão Silva perguntou a António Costa se há aqui falta de planeamento por parte do governo, ou se há um exercício demasiado improvisador da parte do governo. “Há já uma falta de credibilidade da parte do Governo e de vossa excelência em relação aos portugueses? Ou, ao contrário, há falta de confiança dos portugueses em relação a este Governo?"
Com o Primeiro-Ministro a dizer que vão começar a ser feitos teste rápidos nas escolas, Adão Silva questionou o que levou o governo a só agora o começar a fazer, lembrando o deputado que os grupos etários mais afetados são os jovens entre os 13 e os 25 anos.
O parlamentar confrontou ainda o Primeiro-Ministro com uma promessa feita em abril de 2020, em que o governante garantiu que em setembro, no início do ano letivo, todos os alunos teriam acesso a computadores. Segundo Adão Silva, o governo apenas entregou 1 décimo dos equipamentos no primeiro trimestre.
O líder parlamentar da “bancada laranja” prestou ainda a solidariedade do PSD para com todas as famílias que sofrem com as mortes provocadas por esta pandemia e deixou uma palavra de elogio aos milhares de profissionais de saúde, a quem os portugueses ficarão devedores.