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Hugo Carneiro reiterou, esta sexta-feira, o apoio já anunciado por Rui Rio à constituição de uma comissão de inquérito sobre o Novo Banco. No debate das iniciativas para a criação desta comissão, o deputado do PSD declarou o apoio inequívoco do PSD à realização de uma comissão que avalie o que se passou desde o momento da resolução do banco. Contudo, o parlamentar rejeitou a intenção de alguns partidos de voltar a debater o BES. “Há propostas que defendem que se vá atrás, que se volte ao BES, que se volte a chamar os responsáveis do BES para apurarmos o que já foi apurado neste Parlamento. Não estamos disponíveis para isso. Nós queremos discutir o que tem acontecido no Novo Banco deste a sua resolução”, afirmou.
Esta posição do PSD surge para que todos os esforços do Parlamento se concentrem nos factos relacionados com o Novo Banco que ainda não foram apurados por aquele. O Partido Socialista, por exemplo, defende a repetição da avaliação do período até à resolução do BES, que, no entanto, já tinha sido analisado pela primeira Comissão de inquérito ao BES. Esta parece ser uma manobra dilatória, com vista a diluir o aparente e direto comprometimento do Ministério das Finanças do Governo do PS na venda do Novo Banco ao fundo Lone Star, que tantas dúvidas tem gerado.
De acordo com Hugo Carneiro, temos assistimos à venda de ativos do Banco com desconto. “Assistimos à venda da companhia de seguros Tranquilidade, avaliada por 700 milhões de euros e vendida por 44 milhões, entretanto revendida pelo fundo Apollo quase pelo valor da avaliação inicial. Temos as vendas de ativos imobiliários e das carteiras de e as suspeições sobre conflitos de interesses. Os responsáveis do Banco e os Reguladores dizem que foi tudo feito dentro da Lei e o Governo passa os cheques sem escrutinar se deve pagar”, contestou o deputado.
Porque “não pode ser assim” e porque é preciso “defender os contribuintes”, Hugo Carneiro afirmou que todos os partidos têm de estar unidos para avaliar a resolução, avaliar a injeção de dinheiro público para a cobertura dos prejuízos do Novo Banco, avaliar se existe ou não conflito de interesses na venda de ativos e conhecer os detalhes do negócio da venda do Novo Banco e o papel do Ministério das Finanças e do Governo em todo este processo.
Entretanto, na sessão plenária do dia 25 de setembro, os partidos aprovaram a comissão de inquérito e caberá, agora, à Conferência de Líderes no Parlamento a compatibilização das três propostas de comissão aprovadas, com vista à definição do seu objeto.
https://youtu.be/eqjY2axRSps