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O PSD manifesta “preocupação” com a ocorrência de “falhas e atrasos na distribuição de vacinas contra a gripe”. Os deputados do PSD citam o Ministério da Saúde, que informou que apenas foram “disponibilizadas 775 mil doses” até 16 de outubro, ou seja, cerca de 30% do total de vacinas prometido pelo Executivo. Os deputados consideram “totalmente inaceitável” o que se está a passar, situação que está a prejudicar as populações, “agravando a ansiedade, o medo e, acima de tudo, a desproteção sanitária dos grupos mais fragilizados da sociedade”.
Numa pergunta à ministra da Saúde, os deputados reafirmam que, num contexto de alarme social causado pela pandemia por covid-19, é fundamental “a disponibilização de um número de vacinas suficiente para abranger toda a população idosa e, bem assim, os portadores de doenças crónicas, grávidas, profissionais de saúde e de estruturas residenciais para pessoas idosas, utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e reclusos em estabelecimentos prisionais”.
Além disso, alerta o PSD, “infelizmente, não só não estão a ser distribuídas suficientes vacinas contra a gripe, como a sua disponibilização está a registar graves falhas, tanto nos centros de saúde como nas próprias farmácias comunitárias, as quais, até ao momento, terão recebido apenas pouco mais de metade do stock de vacinas do SNS que lhes foram atribuídas e que correspondem apenas a 10% do total”.
No último verão, o PSD advertia o Executivo “para a provável insuficiência do número de vacinas a disponibilizar este ano (dois milhões no âmbito do Serviço Nacional de Saúde [SNS] e 500 mil nas farmácias comunitárias), atento o facto de, em Portugal, viverem 2,3 milhões de idosos, 91% dos quais portadores de doenças crónicas, bem como cerca de quatro milhões de doentes crónicos, metade dos quais com idade inferior a 65 anos”.
O PSD insiste em pedir explicações à ministra da Saúde, depois de no passado mês de julho, o grupo parlamentar do PSD ter questionado a forma como estava então a ser preparada a vacinação para a época gripal 2020/2021. “Passados três meses, não só o Governo deixou exceder em muito o prazo regimental de resposta à referida Pergunta, como parecem infelizmente cada vez mais justificados os receios das falhas no planeamento e na operacionalização do processo de distribuição à população das vacinas contra a gripe”, referem.
O PSD pergunta:
1. Qual é, exatamente, o número de doses de vacinas contra a Gripe que o Governo determinou adquirir para a época gripal de 2020/2021 e qual é a calendarização exata da sua entrega?
2. Considera o Governo que os 2,5 milhões de vacinas contra a gripe, a disponibilizar na época gripal de 2020/2021, são suficientes para vacinar todas as pessoas que o queiram fazer?
3. Por que razão não foram adquiridas mais doses de vacinas para a época gripal de 2020/2021, considerando que, em Portugal, vivem 2,3 milhões de idosos e cerca de dois milhões de doentes crónicos com idade inferior a 65 anos?
4. Quantas doses de vacinas contra a Gripe estão atualmente disponíveis no Serviço Nacional de Saúde (centros de saúde, etc.) e nas farmácias comunitárias?
5. Por que razão o Ministério da Saúde não aumenta significativamente o stock de doses de vacinas do SNS, de administração gratuita, a disponibilizar pelas farmácias comunitárias (que atualmente corresponde a 10% do total)? 6. Pode o Governo garantir que, no mês de novembro, não haverá falta de vacinas contra a gripe nos centros de saúde e nas farmácias comunitárias? 7. Garante o Governo que, até à primeira semana de dezembro, todos os utentes do SNS que queiram vacinar-se contra a gripe, o poderão fazer?