Duarte Pacheco comparou a atuação do Governo socialista em matéria de finanças à de António de Oliveira Salazar. Na audição do Ministro das Finanças no Parlamento, o social-democrata criticou a “preocupação salazarista” de um executivo que, mesmo num tempo de desgraça, optou por “salvaguardar as contas públicas” em vez de apoiar as famílias e as empresas. “Onde quer que esteja, há uma pessoa que deve estar a aplaudir a sua execução orçamental: o Dr. Oliveira Salazar. Perante as necessidades do país, o senhor prefere olhar para o défice público. Perante as necessidades das famílias e das empresas, o senhor preferiu as contas públicas”, assinalou o social-democrata.
Na base da acusação de Duarte Pacheco está a execução do Orçamento retificativo. De acordo com o coordenador do PSD na Comissão de Orçamento e Finanças, o Governo “conseguiu poupar 7 mil milhões de euros face ao que estava orçamentado. Poupou 1500 milhões de euros no investimento público, poupou 1500 milhões na aquisição de bens e serviços, nomeadamente destinados à saúde e a material hospitalar, e poupou 700 milhões de euros para apoiar empresas.”
Frisando que a poupança não é má se as necessidades estiverem satisfeitas e se o investimento público estiver a níveis aceitáveis, Duarte Pacheco frisa que este não é o caso, pois Portugal está perante a maior crise económica da nossa democracia.
Face a este cenário, o deputado questionou ao Ministro das Finanças se “foi incapaz de preparar um orçamento suplementar rigoroso” ou se identificou capazmente as necessidades, mas optou por não executar a despesa. “Qual destas duas é verdadeira?”