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Fernando Negrão considera que a dias de um novo desconfinamento, o caminho é claro: “testar muito, rastrear em tempo útil, isolar as cadeias de transmissão e vacinar, o mais rapidamente possível, o maior número de pessoas.”
No debate do 13º Estado de Emergência, o deputado do PSD reconheceu que este é “um Governo de reagir e não de prevenir”, mas frisou que na resposta à pandemia impunha-se “quebrar o paradigma”. “Os especialistas anteciparam vezes sem conta o que iria acontecer e apontaram o melhor caminho a seguir. Enquanto isso, o Governo teimava em seguir rotas alternativas, apostando malogradamente contra a ciência exata e a evidência científica. Chamou-lhe depois falta de informação sobre a variante inglesa. Mas ela já cá estava antes do Natal e o Governo sabia disso.”
De seguida, o social-democrata assinalou que sem o voto favorável do PSD às 13 declarações de Estado de Emergência aquilo que aconteceu em janeiro do corrente ano se teria repetido mais vezes, ou seja, Portugal seria um dos países do mundo com mais casos.
Contudo, adianta Fernando Negrão, o PSD acreditava que, em circunstâncias absolutamente excecionais e de exigência extrema, o bom senso teria que imperar, a ideologia não deveria ter espaço e a decisão sempre sustentada na evidência científica. “Mas enganámo-nos. Nem sempre o bom senso imperou. Nem sempre a ideologia esteve ausente e nem sempre as decisões seguiram os conselhos dos especialistas. Demasiadas vezes aconteceu exatamente o contrário”, recordou o social-democrata.
Esse comportamento do Governo deveria, sustenta o deputado, ter feito o PSD quebrar “essa relação tão desequilibrada”. “Mas o PSD não o fez. E não o fez por uma única razão: os Portugueses. Porque temos de honrar o sacrifício colossal que milhões de pessoas têm feito no último ano. Porque não podemos bater com a porta na cara de quem foi inadvertidamente expropriado da sua fonte de rendimento e impedido de governar a sua casa ou o seu negócio, de cumprir as suas obrigações e responsabilidades. Porque não podemos deixar de defender todos aqueles que precisam da ajuda do Estado, não permitindo que imperem preconceitos ideológicos nem discriminações sectárias.”