Últimas notícias
O grupo parlamentar do PSD entregou, esta segunda-feira, um requerimento para que seja realizada “a audição com a maior urgência possível do ministro da Educação pela Comissão de Educação, Ciência, Desporto e Juventude”. O PSD pretende conhecer o “plano do Governo para que as escolas garantam o ensino a todos os alunos e ninguém fique para trás”.
Recorde-se que, na sequência do agravamento das condições sanitárias, o Governo decretou a suspensão das atividades letivas e não letivas pelo período de 15 dias, entre 22 de janeiro e 5 de fevereiro de 2021.
“O confinamento da comunidade escolar e a interrupção das aulas presenciais não foi de imediato colmatada, contrariamente ao que seria expectável e ao que foi prometido, com o ensino à distância, mas com umas férias ‘forçadas’ que ditarão o reajustamento do calendário escolar. Ao que parece, e segundo várias notícias de hoje, ‘para que as escolas possam preparar as aulas on-line’”, apontam os deputados.
Já em maio de 2020, o ministro da Educação, em entrevista ao “Público”, afirmara que iria preparar Portugal para o “b-learning”, uma conjugação entre ensino à distância e ensino presencial. “Oito meses depois, o País deveria estar preparado para enfrentar o cenário possível e provável de um novo confinamento forçado da comunidade escolar. Mas, ao que parece, não está. Os diretores das escolas queixam-se da falta de 300 mil computadores e de técnicos de informática. A capacitação dos docentes em ferramentas digitais ainda não teve início. A produção de conteúdos específicos e de ferramentas adicionais para o acompanhamento dos alunos não saiu do papel. Um conjunto de bloqueios e falhas estruturais e graves que não poderão ser contornas ou resolvidas em apenas duas semanas”, considera o PSD.
Perante queixas de “diretores, professores, alunos e de toda a comunidade educativa”, os deputados social-democratas pretendem saber “o que é vai acontecer” nas escolas, “a partir do dia 5 de fevereiro, se o confinamento se mantiver”.