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Grupo Parlamentar
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Preocupado com o setor e com a inexistência política da Ministra, o PSD agendou para esta quinta-feira um debate de urgência sobre Agricultura. Numa conferência de imprensa no Parlamento, o líder parlamentar do PSD, Adão Silva, justificou este agendamento com a necessidade de “pôr o foco numa atividade que é a agricultura e num espaço e modo de vida que é o mundo rural que tem andado fora das luzes da ribalta”.
Com Adão Silva a frisar que a “agricultura não pode ser um filho menor”, Catarina Rocha Ferreira acrescentou que “o PSD está muito preocupado com a forma como o Governo está a tratar a agricultura e o mundo rural, ou melhor, como não está a tratar.” No entender da Vice-Presidente do Grupo Parlamentar, o executivo socialista tem constantemente ignorado a valência económica, social e ambiental deste setor. “A senhora Ministra tem surgindo constantemente com umas palavras extensas, com uns discursos redondos, mas depois não passa de uma cheerleader a aplaudir todos os feitos agrícolas, mas que de se devem exclusivamente ao mérito dos agricultores e não ao ministério que tutela.”
De acordo com a deputada, a esperança do PSD era que no Plano de Recuperação e Resiliência houvesse uma palavra séria para a agricultura, mas não há nada. “É um vazio. Vemos com muita preocupação que nem o PRR tenha uma palavra séria para o mundo rural e que o exclua”, afirmou, acrescentando que “é incompreensível não se aproveitar esta oportunidade única para a recuperação do nosso território.”
Em sentido contrário, o PSD, preocupado com o setor, apresentou nos últimos meses várias iniciativas e vai levar ao debate de amanhã mais duas propostas que pretendem apoiar o setor. Entre essas medidas, destaca Emília Cerqueira, está a antecipação do pagamento do primeiro pilar da PAC, uma medida muito importante para injetar capital nas empresas do setor.
Nas iniciativas do PSD, consta ainda a criação de um mecanismo de lay-off para o setor agroalimentar, a revisão dos apoios ao armazenamento do vinho para este ano de 2021 e a criação de uma linha de crédito bonificado destinada a empresas do ramo agroalimentar.
Com o Governo a realizar um Conselho de Ministros dedicado à floresta sem antes ouvir o setor, Emília Cerqueira criticou a postura do executivo e anunciou que os sociais-democratas apresentaram um requerimento para ouvir no Parlamento toda a fileira do setor florestal. “Políticas públicas sem ouvir o setor não é a forma de estar do PSD”, sustentou.
