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Rui Rio considera que o Governo não está a corrigir os erros dos anteriores executivos socialistas, que levaram a “divida publica para patamares absolutamente brutais”, o que dificulta o crescimento económico e o desenvolvimento do País. O Presidente do PSD alerta que, em comparação com outros estados, Portugal não tem “uma capacidade de reação à adversidade, neste caso à pandemia”, nem tem robustez “para ajudar as empresas”.
Em declarações à margem do ciclo de conferências da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) “PME XXI – Qual o Futuro?”, no Porto, esta segunda-feira, Rui Rio criticou o Executivo por estar, no plano ideológico, “encostado à esquerda” e, como tal, “não é sensível à vida das empresas”.
No entender do líder do PSD, é ainda notório o “desgaste” e a “desorientação” do Governo de António Costa, considerando ser evidente a necessidade de uma “nova dinâmica, através de uma remodelação”. “Neste momento, é notório o desgaste e a desorientação do Governo. É evidente que o Governo está com um desgaste brutal, até, quanto sei, o próprio relacionamento entre governantes não é o melhor, e, portanto, era importante para o país que o Governo ganhe novo ânimo, nova dinâmica, nova organização, que a composição que tem está gasta”, observou.
Na apreciação global do Governo, Rui Rio assinala que o Executivo “está manifestamente a jogar mal”. “A equipa está manifestamente a jogar mal, está desorientada, está desgastada, está cansada, está com dificuldades de relacionamento é evidente, se assim é tem de ter uma reação”, afirmou.
Rui Rio deixou claro que, se fosse Primeiro-Ministro, já teria feito uma remodelação, antes que a situação “se degradasse como se tem degradado” e antes das negociações para o Orçamento do Estado. “Eu acho que sim, acho quanto mais depressa a remodelação for feita melhor, mas a partir daí, o Primeiro-Ministro é que gere os ‘timmings’ dele”, disse.
Sobre a atuação do Administração Interna, Rui Rio é perentório em concluir que o Governo não está preocupado em “defender o país”, preferindo António Costa em apenas manter Eduardo Cabrita no cargo.
O mesmo se passa na gestão da Câmara Municipal de Lisboa, onde o caso da cedência de dados às embaixadas, permitiu perceber que a autarquia “anda ao Deus dará”. “Acho que a gestão de Fernando Medina ficou mais destapada com este caso da Rússia, mas também porque se percebeu que a Câmara Municipal de Lisboa é uma desorganização completa. É uma instituição que não tem gestão adequada, anda mais ou menos, não vou dizer à deriva, mas anda ao Deus dará”, especificou.
Sublinhando que a Câmara de Lisboa é das autarquias a que tem “de muito longe” o maior orçamento, Rui Rio defendeu que o futuro presidente do município deve ter capacidade de gestão e otimização dos recursos em proveito da população. “Por aquilo que nós temos visto e, fundamentalmente, que sobressaiu agora desta crise, da manifestação contra o Governo russo, percebemos todos, provavelmente os lisboetas ainda melhor, as deficiências da gestão camarária do PS, neste caso de Fernando Medina na Câmara de Lisboa”, disse.