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Rui Rio acredita que as eleições autárquicas vão mostrar o descontentamento dos portugueses, porque o Executivo “tem estado muito mal” na “governação” do país. “Este Governo, com o desempenho que tem tido, com os últimos casos, tem estado perfeito em termos de sondagens, mas tem estado muito mal em termos de eleições, em termos de popularidade e em termos de governação de Portugal”, afirmou em Évora, esta terça-feira.
Na apresentação dos cabeças-de-lista do partido às autárquicas por Évora, o Presidente do PSD reconheceu que, neste tipo de eleições, “a primeira razão do voto é desde logo as pessoas”, enquanto “as ideias” serão “a segunda”. Mas “em todas” as eleições autárquicas “há sempre algum toque nacional”, argumentou Rui Rio, frisando que “normalmente, no dia seguinte às eleições autárquicas, o Governo em funções está um pouco mais forte ou está um pouco mais fraco”, dependendo do resultado.
E mesmo que o desempenho do Governo não seja das primeiras razões a determinar o voto, segundo Rui Rio, é uma questão que está presente. “Não sei se a questão do Governo é a terceira ou a quarta razão, mas não deixa de ser alguma razão, quando o Governo está mais desgastado”, afirmou.
O líder do PSD sublinha que “as eleições não são decididas por sondagens, são decididas por eleições”, e “a direção nacional do PSD sabe que, efetivamente, há ali uma pequena parte também do julgamento do Governo do país”.
“Por isso, eu não me admiro se, daqui por três ou quatro meses, no resultado autárquico, houvesse também ali uma pequena parte que significa que os portugueses estão descontentes com este Governo por aquilo que ele tem vindo a fazer”, pois, “a única coisa de relevo que tem é realmente ser o campeão das sondagens”, vincou Rui Rio.
Numa intervenção de vinte minutos, Rui Rio lembrou que, após ter sido autarca durante 12 anos, o poder local democrático é “uma das principais conquistas do 25 de Abril” e defendeu que “as eleições autárquicas são muito importantes”. “É justo que os portugueses valorizem no mínimo tanto as eleições autárquicas quanto as eleições legislativas”, porque “os benefícios que os portugueses colhem com o poder local” são “muito superiores” aos do poder central, destacou.