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Rui Rio sublinhou hoje, após a votação do Orçamento do Estado para 2021, que “o que voltou a degradar o défice do Estado são as propostas do Partido Comunista Português que o Partido Socialista aprovou”.
Para sustentar a sua posição, o líder social-democrata anunciou que o custo das mesmas podem vir a ultrapassar os 1000 milhões de euros e assinalou que as propostas do PSD com impacto orçamental significativo tinham todas uma contrapartida, à exceção de uma, relativa aos Médicos de Família para todos os portugueses.
E lembrou que “quem sabe quanto custa esta medida é António Costa, que prometeu um médico de família para todos os portugueses para o ano de 2017. É o Senhor Primeiro Ministro que tem de resolver o problema de uma promessa que não está cumprida”.
Sobre o Novo Banco, Rui Rio foi claro ao afirmar que “basta de massacrar os contribuintes portugueses”, mas deixou bem claro que “por mim o Estado cumpre, desde que nós tenhamos a certeza de que o Novo Banco também está a cumprir”, defendendo ainda a realização da auditoria.
E justificou o voto do PSD que suspende a transferência de 476 milhões de euros para o Novo Banco (NB). “Votei de acordo com aquilo que sempre disse. E agora temos uma garantia. Não se passa mais dinheiro nenhum para o NB sem uma alteração orçamental na Assembleia da República, que vai obrigar o Governo a explicar ao Parlamento o porquê dessa transferência.”
Rui Rio referiu-se à “falta de transparência por parte do Governo neste processo” e lembrou que “agora vai ter de haver. O Senhor Primeiro Ministro agora vai ter de ir ao Parlamento pedir para se colocar no mapa do orçamento aquilo que retirámos. E nesse momento vai ter de explicar porquê.”
A incoerência das críticas socialistas à posição social-democrata também mereceram a resposta do Presidente do PSD. “O PCP votou a proposta do BE, tal como nós. Então porque é que o primeiro-ministro ataca o PSD e não o PCP?”
Para terminar, Rui Rio exigiu ao Ministério Público uma verdadeira investigação sobre o que aconteceu, caso se venha a verificar que o NB “andou a fabricar menos valias para receber, indevidamente, dinheiro do Estado.”
Relativamente à proposta do PSD aprovada e que corta para metade o valor das portagens nas SCUT do Algarve e Interior, Rui Rio referiu que sempre defendeu o utilizador pagador e justificou a posição do PSD como exemplo de justiça.
“O Governo do PS, para as áreas metropolitanas, voltou a baixar o valor dos passes. E para o interior nada. Esta é a compensação possível para o interior, para haver alguma justiça neste país. É muito simples dizer que vamos apoiar o interior nas campanhas eleitorais. E depois, na Assembleia da República, baixa-se os passes nas áreas metropolitanas de Porto e Lisboa, e o interior fica cada vez mais abandonado", disse.
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